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25/Nov/2021

Preço do algodão atinge o maior nível em 25 anos

Os preços internos do algodão renovaram recordes por cinco dias consecutivos. Na terça-feira (24/11), o Indicador de preço do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), com pagamento em 8 dias, encerrou no maior patamar dos últimos 25 anos, desde o início da série histórica, a R$ 6,22 por libra peso, alta de 1,57% no dia. Nos últimos sete dias, o Indicador apresenta avanço de 2,22%. No mês, a alta é de 4,62%. As cotações domésticas são impulsionadas pela oferta limitada de lotes no spot e pelo avanço dos preços internacionais da fibra. Apesar da paridade de exportação contribuir para sustentar os preços locais do algodão e renovar recordes nominais, os valores pagos pelo mercado externo ainda estão acima do pago pelas fábricas domésticas, o que leva os vendedores a permanecerem firmes nos preços indicados para novas negociações.

Algumas indústrias, contudo, necessitam repor estoques para atender a necessidades imediatas, e esses agentes acabam cedendo nos valores pagos para conseguir efetivar novas aquisições, sobretudo quando envolvem a pluma de melhor qualidade. Os volumes pequenos e pontuais que são comercializados são contratados acima do Indicador Esalq, dada a baixa disponibilidade de fibra no spot e a melhor paridade de exportação. A comercialização, entretanto, continua lenta. O mercado está muito fraco. Compradores e vendedores estão pouco ativos. A negociação deve retomar o ritmo apenas a partir de janeiro e fevereiro. Do lado da demanda, as têxteis se mantêm retraídas dos negócios, alegando que estão abastecidas até a metade de dezembro, quando a maior parte entra em recesso coletivo.

As fábricas estão afastadas em virtude da proximidade do fim do ano e não estão interessadas em receber algodão até o retorno do recesso. Eventualmente, surge no mercado algum lote de qualidade inferior e entrega imediata, o que não atrai os compradores. Os compradores não querem fazer posição e estoque para este ano. Eles estão interessados em lotes com prazo alongado para entrega em janeiro, fevereiro e março e, nestas condições, não há vendedor interessado. Em relação à exportação, a demanda está mais enfraquecida neste fim de ano, com tradings focadas no recebimento de contratos fechados anteriormente. Negócios envolvendo algodão da safra 2021/2022, que está sendo plantada, e da temporada 2022/2023 também patinam.

Não há oferta nem de vendedores e nem de compradores em virtude da volatilidade do mercado na Bolsa de Nova York. Os futuros de algodão fecharam em leve alta nesta quarta-feira (24/11) na Bolsa de Nova York, com ajustes de posições feitos por investidores antes do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos (25/11). O vencimento março da pluma, o mais líquido, ganhou 12 pontos (0,10%), e fechou a 115,78 centavos de dólar por libra-peso. No mês, os futuros acumulam alta de 9%. As cotações foram sustentadas nos últimos dias pelo bom desempenho das vendas externas dos Estados Unidos, pela expectativa de maior demanda chinesa e pelo atraso na colheita norte-americana. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.