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16/Fev/2022

China deverá repor estoques nos próximos meses

A China deve, em algum momento dos próximos meses, buscar repor parte de seus estoques de algodão abrindo novos leilões de compra com maiores participações de fibras importadas, cujos preços estão mais atrativos. Refletindo essa questão, neste início de 2022, o ritmo de importações chinesas deve melhorar, ao passo que o segundo semestre do ano passado registrou desaceleração, por causa de diversos fatores, como crise de logística global, economia menos aquecida, problemas no setor energético.

As sanções à pluma chinesa pelo mundo em virtude das acusações de trabalho forçado à população uigur podem fazer com que a demanda da China por importação cresça no médio prazo, com receios da indústria doméstica em ter seus produtos boicotados por mais tempo. Entre novembro e dezembro do ano passado, houve aumentos mensais de volume importado de algodão na China, beneficiando principalmente Brasil e Estados Unidos, que estavam com parte de suas exportações travadas especialmente pela menor participação chinesa. Por conseguinte, é possível que os meses de janeiro e fevereiro tragam dados mais robustos, com melhora na disponibilidade de navios e contêineres e com a volta da China aos negócios e desembarques do algodão global em direção às suas fábricas.

Com os preços futuros na Bolsa de Nova York atingindo máximas dos últimos 11 anos, a trajetória de alta sustentada pelo lado especulativo precisa de materialização no lado físico do mercado, sendo a participação da China na demanda internacional o principal direcionador. A intensificação das importações chinesas é crucial nos próximos meses. É fato: a indústria chinesa tem necessidades crescentes de consumo, frente à forte retomada econômica do país. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.