28/Jun/2022
Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o Brasil deve produzir na safra 2021/2022, que está sendo colhida, 2,6 milhões de toneladas de algodão. Infelizmente, faltou a última chuva para o algodão. A previsão era de 2,8 milhões de toneladas, com possibilidade de chegar a 2,9 milhões de toneladas, mas a chuva não veio, e a estimativa atual é de 2,6 milhões de toneladas. Para a safra 2022/2023, que será plantada no fim do ano, a perspectiva é de redução de área. Os insumos subiram muito. Há preocupação em produzir algodão para manter o mercado já conquistado e não deixar os clientes sem o algodão brasileiro. O aumento de custo no algodão passa de 50%, puxado principalmente pela elevação dos fertilizantes. O cloreto de potássio aumentou 400%.
Contudo, o milho, que compete na 2ª safra por área com o algodão, também teve elevação de custos. A rentabilidade tende a ser menor, mas é preciso olhar para o futuro. O Brasil, em um futuro próximo, pode se tornar o maior exportador mundial. No início da pandemia, o Brasil havia colhido sua maior safra, que ficou meses à espera de compradores, e na hora da definição do plantio seguinte o algodão estava cotado a 40,00 centavos de dólar por libra-peso. Neste caso, o Brasil iria plantar zero. Mas, houve redução de apenas 15% na área. Há muito investimento, treinamento de pessoas e um mercado que foi conquistado. Com relação à qualidade, apenas 6,9% da área de algodão foi colhida até o momento e é muito cedo para apresentar conclusões.
Dos números até agora, o algodão se manteve com boa qualidade em comprimento e resistência de fibra e diminuiu um pouco o micronaire. Sobre o percentual elevado de pegajosidade no algodão brasileiro, a entidade afirmou que se trata de caso isolado. A Abrapa está testando a certificação do algodão brasileiro pelo Ministério da Agricultura. Haverá a chancela do ministério de que aquela amostra que saiu de um fardo é uma amostra que foi analisada em laboratório e que o resultado é todo controlado pelo ministério, como fazem os norte-americanos. A cadeia também busca uniformizar tecnologia que ajuda a identificar o local exato da fazenda em que o fardo foi produzido. Isso vai dar uma aceleração nos processos de carregamento na fazenda e na exportação também. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.