01/Jul/2022

O Rabobank projetou a safra brasileira de algodão 2021/2022 em 2,7 milhões de toneladas de pluma, 100 mil toneladas abaixo da estimativa inicial. A ausência de chuvas durante parte do desenvolvimento da fibra limitará o potencial produtivo durante o ciclo 2021/2022. A área plantada foi estimada em 1,6 milhão de hectares. Um cenário desafiador começa a se desenhar para os produtores brasileiros e players do setor. O cenário de inflação global associado à elevação das taxas de juros levará a uma estagnação da demanda global pela fibra.

Mesmo com a reabertura de indústria e comércio, a expectativa é de manutenção no consumo global de algodão, de 26,4 milhões de toneladas de pluma, para a safra 2022/2023. As cotações da pluma em Mato Grosso caíram 3% em junho. Apesar dos elevados preços do petróleo, o enfraquecimento dos futuros na Bolsa de Nova York, diante da finalização do plantio e da melhora das condições climáticas nos Estados Unidos reduziu a pressão sobre as cotações da pluma no Brasil.

Entretanto, a área de abandono e o desenvolvimento das lavouras norte-americanas poderão trazer alta volatilidade para os preços da fibra durante os próximos meses. O avanço da colheita brasileira, que atingiu 7,4% da área, contribuiu para a recente redução dos preços domésticos. Segundo a Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), 720 mil toneladas de pluma da safra 2021/2022 brasileira foram comercializadas até o fim de junho, 17% acima de igual período de 2021. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.