29/Jul/2022
As negociações de algodão ainda transcorrem de forma lenta no País. O Indicador Cepea Esalq com pagamento em 8 dias, está cotado a R$ 6,00 por libra-peso. O recuo no mês de julho chega a 5,31%. As fábricas calculam que a combinação de futuros, câmbio e basis renderia preços mais baixos do que os pedidos hoje por tradings ao ofertar no mercado interno, enquanto os produtores têm contratos a atender por preços mais altos do que os atuais e vendem apenas o necessário para pagar as despesas da colheita e do beneficiamento. Os preços futuros na Bolsa de Nova York cederam mais do que a cotação no País. Há espaço para redução do preço em Reais no Brasil. O preço em Real não caiu tanto em virtude do volume de contratos que produtores já têm e precisam cumprir e da quebra de safra em Mato Grosso.
A disponibilidade já não era grande, porque os produtores entraram na safra bem vendidos. Se quebrar 10% a 15%, o produtor precisa colher para ter certeza da disponibilidade que tem, caso contrário pode não conseguir cumprir contrato. Algumas fábricas têm, neste momento, maior necessidade de compra, enquanto outras estão mais abastecidas. Houve situações de fábricas dando férias coletivas ou parando produção. Essa fase parece que acabou. As fábricas estão ativas, mas a margem está baixa. Esses agentes indicam um pouco abaixo do Esalq, entre R$ 5,95 e R$ 6,00 por libra-peso pelo algodão 41.4 posto na Região Sudeste, mas tradings indicam internamente entre R$ 6,15 e R$ 6,20 por libra-peso pela pluma 31.4.
As indústrias resistem em negociar antecipadamente para entrega entre o fim deste ano e início do ano que vem porque acreditam que os preços nesse período estarão na faixa de R$ 5,50 por libra-peso. Em Mato Grosso, segundo a Associação Mato-Grossense de Produtores de Algodão (Ampa), a colheita da safra atinge entre 40% e 45%. O rendimento do algodão em caroço deve ficar em torno de 250 arrobas por hectare, ante uma média de 280 a 290 arrobas por hectare. O Estado deve produzir 1,8 milhão de toneladas, se as 250 arrobas por hectare se confirmarem. Mas, esse é o teto de previsão. Antes, a projeção era de 2 milhões de toneladas. A Ampa estima que 80% da safra que está sendo colhida já esteja comercializada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.