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17/Ago/2022

Blue Card será implementado na safra 2022/2023

Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o blue card, espécie de visto que atestará a qualidade do algodão brasileiro, deve ser implementado na safra 2022/2023, que será semeada a partir de outubro no País. Será preciso somente o produtor se cadastrar no programa e se adequar aos processos. O selo vai igualar o Brasil ao green card e permitir entrada direta nos mercados externos sem reanálise. A iniciativa desenvolvida pela Abrapa visa à paridade na remuneração do algodão brasileiro ante seus concorrentes, especialmente o norte-americano, no mercado externo. Os compradores, sobretudo os asiáticos, querem o aval porque os Estados Unidos, principal competidor do Brasil, já possui o green card. Eles querem a garantia do governo sobre o processo da fazenda, à algodoeira, ao laboratório. O algodão dos Estados Unidos é avaliado em torno de 200 pontos acima do algodão brasileiro em virtude do green card. Com o selo, na próxima safra o Brasil vai se igualar com Estados Unidos em condição de garantia de qualidade.

O algodão brasileiro é melhor que o dos Estados Unidos em comprimento de fibra, micronaire e resistência da fibra. O setor ajustou, junto com o Ministério da Agricultura, os protocolos da certificação ao longo da safra 2021/2022 a fim de implantá-lo na próxima safra. O setor já tinha certificação socioambiental, o selo Algodão Brasileiro Responsável (ABR). O que não tinha era a garantia de que a amostra analisada no laboratório saiu do fardo recebido pelo comprador e de que o laboratório também é certificado. Agora, o setor tem a chancela do Ministério da Agricultura, que irá emitir a certificação sobre os processos. No momento, projetos pilotos com a certificação estão em andamento. O ministro da Agricultura, Marcos Montes, destacou o avanço do programa de certificação voluntária dentro do setor algodoeiro. A certificação voluntária permite, por meio da emissão do certificado oficial de conformidade, a agregação de valor ao produto brasileiro no mercado externo. Dentro do País, a certificação voluntária propicia ao setor produtivo ressaltar características de qualidade dos produtos, com mais informação ao consumidor.

Na safra 2021/2022, o Mapa e a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) desenvolveram projeto-piloto para certificação de conformidade oficial do algodão brasileiro, que envolveu capacitação de inspetores de unidades de beneficiamento de algodão, verificação das facas das prensas, uso de lacres invioláveis nas malas de algodão e padronização na recepção de amostras laboratoriais. O Mapa concedeu reconhecimento às primeiras unidades de beneficiamento, um laboratório e um centro de referência. Com isso, será possível emitir os primeiros Certificados Oficiais de Conformidade, os documentos que garantirão um acesso qualificado especialmente ao mercado asiático, promovendo a valorização do produto. Nos últimos anos, o Brasil aparece entre os cinco maiores produtores mundiais de algodão, junto com China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. A meta é tornar o País o maior exportador mundial da fibra até 2030. Fonte: Broadcast Agro e Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.