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02/Set/2022

Preços do algodão tiveram recuperação em agosto

Os preços do algodão no Brasil voltaram a subir em agosto e fecharam o mês com valorização de 12,08%, após acumularem quedas por dois meses consecutivos. Essa recuperação esteve atrelada à posição firme de vendedores, que estiveram atentos às fortes valorizações dos contratos na Bolsa de Nova York e, parcialmente, da paridade de exportação. A baixa oferta no spot brasileiro, sobretudo de pluma de melhor qualidade, também reforçou o movimento de alta nos preços. Os vendedores seguem focados no cumprimento de contratos fechados previamente. O último levantamento da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) indicava que 95% da safra brasileira 2021/2022 havia sido colhida até 25 de agosto, mas só 40% da produção foi beneficiada.

No maior Estado produtor, Mato Grosso, 97% da safra foi colhida, com 35% do volume colhido já beneficiado. Na Bahia, segundo maior produtor, a colheita atingiu 94%, e o beneficiamento, 56%. Os compradores com interesse em adquirir novos lotes ao longo de agosto aumentaram os valores indicados para atrair ofertas, mas a disparidade entre os preços e a qualidade da pluma reduziu a liquidez. Na primeira perspectiva para 2022/2023, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou aumento de 1,9% na área plantada de algodão, para 1,632 milhão de hectares. Com produtividade prevista em 1.790 quilos por hectare, a produção da pluma foi estimada em 2,92 milhões de toneladas.

A perspectiva é de que o preço médio recebido pelo produtor em Mato Grosso suba de R$ 221,47 por arroba para R$ 224,69 por arroba, enquanto a margem líquida para o custo operacional deve cair de 60% para 43%. No caso do algodão, houve queda expressiva da área na safra posterior à pandemia, 2020/2021, pois houve queda de preço, rentabilidade e insegurança sobre o mercado no contexto da Covid-19. No ano passado, 2021/2022, a produção de algodão se recuperou e está chegando próximo novamente de 3 milhões de toneladas de algodão em pluma para o próximo ano-safra. É um aumento expressivo, de 6,8%, principalmente em função da recuperação de produtividade". Neste ano, a falta de umidade em algumas fases de desenvolvimento da cultura reduziu o potencial da safra. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.