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22/Set/2022

Tendência de queda nos preços internos do algodão

Os preços do algodão em pluma vêm registrando quedas expressivas na Bolsa de Nova York, influenciados por estimativas indicando maior oferta nos Estados Unidos. Esse cenário pressiona os valores da pluma no Brasil e deixa o mercado interno em ritmo lento. Os vendedores se afastam do spot, voltando as atenções ao cumprimento de contratos, sem ceder às indicações de compradores. Os demandantes, de olho nas quedas externas, estão à espera de preços menores no Brasil para, então, realizar novas aquisições. O Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registra recuo de 3,72% nos últimos sete dias, a R$ 6,09 por libra-peso. Na parcial deste mês, o Indicador acumula baixa de 9,1%.

Apesar disso, a média de setembro, de R$ 6,36 por libra-peso, ainda está 0,67% acima da de agosto/2022, quase 20% maior que a de setembro/2021, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de agosto/2022), e 13% superior à paridade de exportação. Na Bolsa de Nova York, o vencimento Outubro/2022 registra desvalorização de 11,5% nos últimos sete dias, a 97,54 centavos de dólar por libra-peso, este é o menor patamar desde meados de julho. O contrato Dezembro/2022 tem baixa de 9,15% no mesmo comparativo, indo para 96,04 centavos de dólar por libra-peso; Março/2023 apresenta queda de 9,1%, a 93,05 centavos de dólar por libra-peso; e Maio/2023 registra recuo de 9,09%, a 91,03 centavos de dólar por libra-peso. Os contratos chegaram nos limites de baixa em alguns dias.

Na Ásia, os valores da pluma, representados pelo Índice Cotlook A, cederam bem menos, enquanto o dólar se valorizou, resultando em aumento na paridade de exportação. A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship) é de R$ 5,49 por libra-peso (106,44 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Santos (SP) e de R$ 5,50 por libra-peso (106,65 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Paranaguá (PR), com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente. Dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) mostram que 99% da área brasileira da safra 2021/2022 havia sido colhida até o dia 15 de setembro. Quanto ao beneficiamento da nova temporada, soma 61% do total da produção.

Na Bahia, 75% da produção esperada havia sido beneficiada, em Goiás, 81%; no Maranhão, 39%; em Mato Grosso do Sul, 82%; em Mato Grosso, 56%; em Minas Gerais, 71%; em São Paulo, 100%; no Piauí, 53%; no Paraná, 100%. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em 11 dias úteis de setembro/2022, as exportações brasileiras de algodão em pluma somaram 88,51 mil toneladas, 41% acima de todo o volume embarcado em agosto/22, mas ainda 36,9% inferior ao de setembro/2021. A atual média diária está em 8,046 mil toneladas em setembro/2022, contra 6,678 mil toneladas em setembro/2021 (+20,5%). Quanto ao preço, está em 92,93 centavos de dólar por libra-peso na parcial de setembro/2022, altas de 3,6% no comparativo mensal (89,69 centavos de dólar por libra-peso) e de 20,8% no anual (76,91 centavos de dólar por libra-peso). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.