03/Out/2022
Segundo a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a Bahia, segundo maior produtor de algodão do Brasil, deve produzir 587 mil toneladas de pluma na safra 2022/2023, o que corresponde a um aumento de 12,4% em comparação com a safra anterior 2021/2022, que foi de 523 mil toneladas. A área plantada deve atingir 308 mil hectares, representando leve queda de 0,3% ante 2021/2022, quando foram semeados 309 mil hectares. A produtividade média esperada é de, aproximadamente, 1,9 mil quilos de pluma por hectare que, se confirmada, vai garantir aumento da produção, apesar da menor área cultivada.
A produtividade é um índice que depende bastante do produtor, suas tecnologias e técnicas de manejo, mas é atrelada, principalmente, aos fatores climáticos. Nesta safra, houve má distribuição de chuvas, em períodos estratégicos da implantação e desenvolvimento das lavouras. O plantio do algodão da safra 2022/2023 na Bahia deve se iniciar pela região sudoeste do Estado, a partir do dia 1º de novembro, seguida pelo oeste, em 21 de novembro, com um calendário diferenciado para algumas microrregiões específicas.
As datas se referem aos dias imediatos após o término do período de vazio sanitário, definido pela legislação estadual, para a cultura do algodão. A grande volatilidade recente do mercado da commodity, cujos preços futuros, para dezembro de 2023, estão atualmente na casa dos 73,00 centavos de dólar por libra-peso, não deve provocar impacto na intenção de plantio. Os insumos já foram comprados a um custo alto e o produtor vai plantar.
Se esses patamares se mantiverem, serão sentidos em 2023/2024. A qualidade do algodão da Bahia está boa, resultado do clima, do bom controle de pragas, tecnologias aplicadas e manejo. O Laboratório de Análise de Fibras da Abapa, instalado na cidade de Luís Eduardo Magalhães, já classificou 78% da safra atual, e o beneficiamento da pluma prossegue no mês de outubro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.