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07/Out/2022

Preço interno do algodão está recuando neste mês

Os preços do algodão no Brasil seguem em queda no Brasil em outubro, após terem cedido 15,69% em setembro, acompanhando o recuo dos futuros negociados na Bolsa de Nova York e a desvalorização recente do dólar ante o Real. O indicador Cepea/Esalq com pagamento em 8 dias está cotado a R$ 5,48 por libra-peso. A queda acumulada no mês chega a 3,01%. Os futuros negociados na Bolsa de Nova York também estão em baixa. A expectativa de menor demanda global também pesa sobre as cotações. De acordo com a Cotlook, preocupações com a demanda diante da possibilidade de recessão têm ofuscado os problemas de oferta. No Brasil, os preços da pluma foram pressionados em setembro pela flexibilidade de alguns vendedores, que, por sua vez, estiveram atentos à baixa externa, ao dólar e à paridade de exportação. O movimento de queda nos valores foi reforçado pela demanda enfraquecida, tendo em vista que indústrias utilizaram estoques e/ou a pluma recebida por meio de contratos.

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações brasileiras de algodão somaram 184,5 mil toneladas em setembro, 31,57% a mais que as 140,23 mil toneladas enviadas para o exterior em setembro do ano passado. Na comparação com agosto, quando o País exportou 62,79 mil toneladas, o avanço foi de 164,63%. De janeiro a setembro deste ano, o País embarcou 1,098 milhão de toneladas de algodão, queda de 20,15% ante igual período de 2021, quando 1,375 milhão de toneladas da fibra haviam sido exportadas. A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) revisou para baixo a sua estimativa de produção do País em 2021/2022 para 2,5 milhões de toneladas, ante a previsão de 2,6 milhões de toneladas de junho. Problemas climáticos nas regiões produtoras, como chuva excessiva ou seca, trouxeram os números para baixo, mas o volume é maior do que o total de 2,36 milhões de toneladas da temporada anterior. Para a safra 2022/2023, que começa a ser plantada no Brasil em novembro, a expectativa é produzir 3,1 milhões de toneladas (+27%). A área plantada será de 1,78 milhão de hectares, crescimento de 9,3% em relação a 2021/2022.

Em Mato Grosso, à medida que o beneficiamento do algodão avança, é possível mensurar o real impacto das adversidades climáticas no rendimento aguardado para o ciclo, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), que ajustou para baixo em 0,72% a previsão de produtividade ante o último relatório, prevista agora em 251,35 arrobas por hectare. A produção foi estimada em 4,43 milhões de toneladas, 10,80% superior à safra 2020/21, em consequência do incremento na área plantada. Para a safra 2022/2023, a previsão é de área recorde no Estado, de 1,30 milhão de hectare, 10,39% superior ao consolidado da safra atual. Em relação à produtividade, ainda há fatores incertos que limitam a previsão, que continua estimada em 278,26 arrobas por hectare. A produção da safra 2022/2023 de Mato Grosso deve ser recorde, em 5,42 milhões de toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.