21/Out/2022

Os preços de algodão no Brasil oscilaram entre altas e baixas na última semana após terem começado a reagir a partir do dia 11 de outubro. O Indicador Cepea/Esalq com pagamento em 8 dias está cotado a R$ 5,15 por libra-peso. O recuo no mês é de 8,90%. As cotações no País seguem acompanhando em grande parte a oscilação dos futuros na Bolsa de Nova York diante dos temores de recessão global. A posição firme de vendedores e o aumento da paridade de exportação dão sustentação aos preços no mercado interno. Parte dos compradores chega a sinalizar ofertas a valores maiores para lotes de qualidade superior. A representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília estimou a produção de algodão no Brasil em 2,83 milhões de toneladas na temporada 2022/2023.

O volume representa um aumento de 7,6% em relação à temporada 2021/2022, quando foram colhidos 2,63 milhões de toneladas. O USDA prevê uma área semeada de 1,65 milhão de hectares no ciclo 2022/2023, em comparação com uma área colhida de 1,63 milhão de hectares em 2021/2022. Apesar dos desafios, como custos crescentes e margens mais apertadas, os produtores brasileiros estão otimistas em relação às perspectivas para a safra e ansiosos para continuar expandindo o setor. As exportações devem somar 2 milhões de toneladas em 2022/2023, ante 1,68 milhão de toneladas em 2021/2022. No entanto, um aumento das exportações será limitado pela lenta recuperação econômica da pandemia de coronavírus e por desafios econômicos causados pela guerra Rússia/Ucrânia. Porém, o dólar mais forte ante o Real continuará favorecendo as exportações brasileiras.

O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) estimou a oferta em Mato Grosso da safra 2021/2022, que está sendo beneficiada, em 1,84 milhão de toneladas, enquanto a demanda externa foi prevista em 1,37 milhão de toneladas, o consumo interestadual em 441,82 mil toneladas, e o consumo em Mato Grosso em 27,02 mil toneladas. Para a safra 2022/2023, a oferta projetada ficou em 2,26 milhões de toneladas, volume recorde de toda a série histórica do Imea. No que se refere à demanda, com a maior disponibilidade de pluma na temporada e preços favoráveis no mercado externo, a expectativa é de que 78,82% da oferta seja destinada à exportação (equivalente a 1,78 milhão de toneladas), enquanto o consumo interestadual e do Estado devem atingir, respectivamente, 450,13 mil toneladas e 28,16 mil toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.