09/Nov/2022
O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) reduziu a intenção de plantio para a safra 2022/2023 de algodão em Mato Grosso. Diante do cenário de incertezas quanto à economia global, que pode diminuir significativamente o consumo mundial da pluma, uma vez que o produto não é considerado um bem essencial, os preços da pluma exibiram uma expressiva desvalorização nos últimos meses. O produtor pode se sentir desmotivado em aumentar a área destinada ao algodão na safra 2022/2023. O plantio do algodão não deve ter alteração na safra 2022/2023 ante a 2021/2022, ficando em 1,18 milhão de hectares.
Contudo, até a época do plantio há fatores que podem influenciar na decisão final do produtor, como o ritmo da demanda internacional e nacional pela pluma, e consequentemente o andamento das cotações da fibra no Estado. No que tange à produtividade em caroço, a projeção permanece em 278,26 arrobas por hectare, 12,27% superior ao consolidado na safra 2021/2022, menor rendimento dos últimos cinco anos. Há, contudo, fatores em aberto que podem afetar o rendimento das lavouras no decorrer do ciclo, como o ritmo do plantio e o porcentual plantado dentro das condições consideradas ideais para a cultura, as condições climáticas e possíveis ocorrências de pragas e doenças.
A produção no Estado está prevista em 4,91 milhões de toneladas de algodão em caroço, ante 5,42 milhões de toneladas projetadas anteriormente. O volume, contudo, ainda superaria em 12,19% superior ao registrado na safra 2021/2022 devido à expectativa de um maior rendimento. A perspectiva de produção em pluma de algodão em Mato Gross é de 2,05 milhões de toneladas, 9,41% abaixo do previsto no mês passado, mas 12,87% acima do ciclo anterior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.