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25/Nov/2022

Preços recuam no Brasil acompanhando os futuros

Após subirem majoritariamente até a metade do mês, os preços de algodão no Brasil passaram a cair e acumulam cinco dias seguidos de baixa. O Indicador Cepea/Esalq com pagamento em 8 dias, que já chegou a registrar ganho de 7,72% no acumulado do mês, agora sobe 5,65%. Nos últimos sete dias, os futuros de algodão negociados na Bolsa de Nova York apresentam queda de 5,09%. Os preços do algodão no mercado interno têm relação direta com a paridade de exportação. Sendo a Ásia a principal importadora mundial, certamente a base de referência para a paridade são os valores da pluma posta na região, descontados dos custos logísticos, que, por sua vez, acabam sendo o patamar mínimo que se espera observar no mercado brasileiro. Já o limite superior de preço doméstico vem da paridade de importação, que é o valor de aquisição da pluma no mercado externo acrescido do custo logístico até a unidade consumidora.

Ao longo dos últimos dois anos, os preços internos da pluma estão bem próximos dos valores registrados pelo Índice Cotlook A, que é para o produto posto no Extremo Oriente. Considerando-se uma média de agosto deste ano até atualmente, os preços domésticos ficaram apenas 1,7% menores que o Índice Cotlook A. Na safra passada (de agosto/2021 a julho/2022), a diferença foi negativa, em 5,4%. Isso está relacionado, na prática, à redução do porcentual da produção brasileira disponível para exportação. Em anos em que o excedente se amplia, os preços domésticos cedem em relação aos externos. A Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) informou que a semeadura da safra 2022/2023 do Brasil começou na última semana. Até o dia 17 de novembro, 7% da área prevista foi semeada no estado de São Paulo, o primeiro a iniciar os trabalhos de campo.

Os produtores de Minas Gerais iniciaram o plantio em poucas áreas no norte do Estado, e os produtores da Bahia, na região sudoeste. Além disso, a Abrapa informou que o beneficiamento da safra brasileira atingiu 93% da safra 2201/2022. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo de produção do algodão em Mato Grosso para a safra 2022/2023 caiu 0,12% em outubro. Desde o início das estimativas do custo de produção (dezembro/2021) para a safra 2022/2023, as despesas do produtor exibiram incrementos. No entanto, a estimativa de outubro/2022 exibiu uma queda mensal de 0,12% no COE (Custo Operacional Efetivo) da safra futura. Esse cenário foi reflexo do reajuste no custeio, com o recuo de 0,66% no custo dos macronutrientes. Mesmo com a queda no comparativo mensal, o COE da safra futura ainda é 26,97% superior ao da safra 2021/2022. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.