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07/Jun/2023

Preços do algodão estáveis neste início de junho

As cotações do algodão em pluma estão relativamente estáveis neste começo de junho, mas o fechamento de novos negócios está lento, devido ao desacordo entre agentes quanto aos preços e à qualidade dos lotes disponibilizados. Assim, após acumular alta de 3,4% em maio, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registra recuo de 0,21% nos últimos sete dias, cotado a R$ 4,10 por libra-peso. A média da parcial deste mês está 0,4% inferior à paridade de exportação. Os vendedores têm elevado o volume ofertado, mas estão firmes nos valores pedidos. Do lado comprador, parte das indústrias oferta preços menores para novas aquisições.

Apenas alguns demandantes estão mais flexíveis nos valores de pagamento, especialmente os que estão em busca da pluma de qualidade superior. No caso da comercialização para entrega futura, há um maior interesse por programações envolvendo a temporada 2022/2023 e 2023/2024, tendo como destinos os mercados interno e externo. A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship) é de R$ 4,14 por libra-peso (84,08 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Santos (SP) e de R$ 4,15 por libra-peso (84,30 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Paranaguá (PR), com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente).

Na Bolsa de Nova York, os primeiros contratos são impulsionados por compras de oportunidade, pelo desempenho das vendas norte-americanas e pelo fortalecimento do petróleo no mercado internacional. Assim, o vencimento Julho/2023 tem valorização de 0,95% nos últimos sete dias, a 84,79 centavos de dólar por libra-peso. O contrato Outubro/2023 registra avanço de 1,87% no período, a 82,42 centavos de dólar por libra-peso; o Dezembro/2023, 1,51%, a 81,42 centavos de dólar por libra-peso; e o Março/2024 apresenta alta de 1,23%, a 81,21 centavos de dólar por libra-peso. Dados disponibilizados no dia 1º de junho pelo Comitê Consultivo Internacional do Algodão (Icac) indicam a produção mundial da safra 2022/2023 em 24,506 milhões de toneladas, 2,67% inferior à anterior e reajuste negativo de 0,19% se comparado ao relatório do início de maio.

O consumo mundial de algodão deve cair 7,84% frente à temporada 2021/2022, para 23,789 milhões de toneladas, e pode ficar 2,93% inferior à oferta. Para as exportações, projeta-se queda de 7,7% frente às da temporada anterior, para 8,984 milhões de toneladas, o menor volume desde a temporada 2016/2017 (8,29 milhões de toneladas). Nesse cenário, o estoque final deve somar 20,142 milhões de toneladas, com elevação de 3,69% em relação à temporada 2021/2022, leve baixa de 0,19% frente aos dados de maio/2023. Para o Brasil, especificamente, a produção está projetada para aumentar 18,4% se comparada à da temporada 2021/2022, em 3,02 milhões de toneladas.

As exportações devem subir 13,4% no mesmo comparativo, chegando a 1,971 milhão de toneladas na safra 2022/2023. Com o consumo esperado de 697 mil toneladas, o estoque deve ser de 2,552 milhões de toneladas. Quanto aos preços, em junho, o Icac indicou média do Índice Cotlook A de 100,78 centavos de dólar por libra-peso para a temporada 2022/2023, variando de 96,36 centavos de dólar por libra-peso a 106,47 centavos de dólar por libra-peso. Além disso, a estimativa atual está 1,9% inferior à média do relatório divulgado no dia 2 de maio/2023 (102,77 centavos de dólar por libra-peso). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.