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09/Jun/2023

Preços do algodão são pressionados pela colheita

O ritmo de negócios de algodão segue lento no disponível, com fábricas ainda pouco compradoras para o curto prazo e à espera da safra 2022/2023, que já está sendo colhida no País. Os preços do algodão começaram junho em baixa após os ganhos de maio. O indicador Cepea/Esalq está cotado a R$ 4,0724 por libra-peso. No mês de maio, o recuo atinge 0,98%. São reportados negócios para entrega em julho pelo Esalq do dia do faturamento. Apesar de terem saído negócios recentemente para exportação, indústria seguiu retraída, argumentando que o preço da pluma ainda é alto e as vendas de fios continuam fracas. Na ponta vendedora, quem segurou até agora está apostando que no fim da entressafra, entre este mês e o próximo, vai surgir maior interesse de compra. Mas a colheita já começou e, pelo visto, é uma safra grande, o que é mais um motivo para a indústria não ter pressa de comprar.

No curto prazo não há sinais de reação expressiva do consumo interno da pluma. O fechamento de novos negócios é lento devido à queda de braço entre agentes quanto aos preços e à qualidade dos lotes ofertados. Os vendedores têm elevado o volume ofertado, mas estão firmes nos valores pedidos. Do lado comprador, parte das indústrias oferta preços menores para novas aquisições. Apenas alguns demandantes estão mais flexíveis nos valores de pagamento, especialmente os que estão em busca da pluma de qualidade superior. Para negociação da safra 2022/2023, há acordos por 300 pontos acima do contrato dezembro FOB no Porto de Santos (SP), muito abaixo dos 1.000 a 1.100 pontos que chegaram a ser indicados no começo do ano. A expectativa de parte do mercado é de reação da demanda externa para a próxima safra, com o consumo chinês voltando a aquecer.

Ainda não surgem ofertas volumosas de algodão da safra nova, mas até julho a quantidade de lotes à venda tende a crescer no disponível. O Ministério da Agricultura e Pecuária publicou na quarta-feira (07/06) portarias com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura do algodão. A portaria vale para o ano-safra 2023/2024 e entra em vigor em 3 de julho. O Zarc valerá para os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí, Acre, Rondônia, Tocantins, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina e no Distrito Federal. O zoneamento tem o objetivo de reduzir os riscos relacionados aos problemas climáticos e permite ao produtor identificar a melhor época para plantar, levando em conta a região do País, a cultura e os diferentes tipos de solos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.