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04/Aug/2023

Preço do algodão segue firme no mercado interno

Os preços do algodão no mercado disponível seguem firmes neste começo de agosto após terem acumulado alta de 9,73% em julho. As negociações tendem a ganhar ímpeto neste mês com indústrias buscando repor estoques e a colheita e o beneficiamento avançando. Muitos produtores, contudo, devem destinar os primeiros lotes ao cumprimento de contratos fechados anteriormente. O Indicador Cepea/Esalq com pagamento em 8 dias está cotado a R$ 3,95 por libra-peso. A tendência de aquecimento observada em julho pode ter continuidade em agosto, depois de abril, maio e junho fracos. O mercado interno registrou fraca movimentação em julho porque o preço do fio caiu muito. Fábricas vinham relativamente estocadas com algodão caro e estão ajustando isso agora. É possível que em agosto e setembro tenham equacionado o problema de estoque alto e caro.

Nos últimos dias, observa-se acordos acima do Esalq, com relatos de contratos a R$ 4,00 por libra-peso, para entregas de setembro a dezembro de algodão 41.4 posto na Região Sudeste. O algodão de safra nova da Bahia, que deve ter safra robusta, começa a chegar ao mercado, enquanto em Mato Grosso a disponibilidade ainda é limitada porque a colheita de fibra cultivada em 2ª safra está no início. Os produtores têm contratos para atender a preços mais altos do que os indicados no mercado interno hoje. Isso ainda deve limitar a disponibilidade para indústrias locais. Contudo, tendem a surgir mais ofertas à medida que a produtividade maior do que a prevista for sendo confirmada. Os preços do algodão em pluma subiram na maior parte de julho, após iniciarem o mês nos menores patamares nominais desde meados de outubro de 2020, mas, mesmo assim, a média mensal fechou no patamar mais baixo dos últimos três anos em termos reais.

Os preços internos ficaram, inclusive, inferiores à paridade de exportação, o que não é comum. Em relação às vendas externas, além do maior ritmo de embarques, a comercialização para exportação remunerou mais que as vendas internas em alguns períodos do mês passado, atraindo vendedores para o fechamento de negócios para as safras 2022/2023 e 2023/2024, bem como para lotes remanescentes da temporada 2021/2022. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações brasileiras de algodão somaram 72,624 mil toneladas em julho, 268,98% mais que as 19,682 mil toneladas enviadas ao exterior em julho do ano passado. Na comparação com junho, quando o Brasil exportou 60,321 mil toneladas, o incremento foi de 20,40%. No acumulado dos sete meses, as exportações totalizaram 497,19 mil toneladas (-41,62%). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.