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25/Oct/2023

Preço do algodão segue em alto patamar no Brasil

Os preços do algodão em pluma estão oscilando ao longo de outubro, mas as quedas predominam. Ainda assim, a média da parcial deste mês é a maior desde abril deste ano. O Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, apresenta baixa de 2,64% nos últimos sete dias, cotado a R$ 3,97 por libra-peso. Na parcial de outubro, o Indicador registra baixa de 2,43%. Ainda assim, a média do Indicador na parcial do mês, de R$ 4,06 por libra-peso, é a maior desde abril/2023 (R$ 4,15 por libra-peso), em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de setembro/2023). A média de outubro está 5% inferior à paridade de exportação.

A liquidez, no geral, está limitada, devido à disparidade entre preço e/ou qualidade dos lotes disponíveis e ao baixo interesse tanto de vendedores quanto de compradores. Muitos estão focados no cumprimento de contratos a termo. Agentes de indústrias indicam ter volumes de matéria-prima e de manufaturados em estoque. Do lado vendedor, parte dos agentes está flexível, diante do enfraquecimento do preço externo e da necessidade de “fazer caixa” em curto prazo. Outros produtores, contudo, estão fora de mercado, capitalizados e/ou com boa parcela da safra já comprometida. Os comerciantes, por sua vez, seguem realizando negócios “casados” e/ou adquirindo a pluma para atender às programações.

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) indica que o beneficiamento somava 69% da produção nacional até o dia 19 de outubro. Em Mato Grosso, a atividade chega a 62%, e na Bahia, a 86%. Quanto à comercialização, dados divulgados no dia 9 de outubro pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontam que 75,42% da temporada 2022/2023 já foi comercializada em Mato Grosso, maior Estado produtor brasileiro. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), nos primeiros 14 dias úteis de outubro, os embarques brasileiros de algodão em pluma somaram 153,723 mil toneladas, ainda 17,6% abaixo de todo o volume embarcado em setembro/2023 e 40,9% inferior ao escoado em outubro/2022 (de 260,142 mil toneladas).

A atual média diária de exportação está em 10,980 mil toneladas, contra 13,692 mil toneladas em outubro/2022 (-19,8%). Quanto aos preços, o valor médio da pluma exportada está em 87,70 centavos de dólar por libra-peso nesta parcial de outubro/2023, alta de 3% no comparativo mensal (85,15 centavos de dólar por libra-peso), mas queda de 7,7% no anual (95,06 centavos de dólar por libra-peso). Em moeda nacional, o preço da exportação tem média de R$ 4,45 por libra-peso, 9,81% acima da praticada no mercado interno (Indicador), de R$ 4,06 por libra-peso na parcial de outubro.

A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship) é de R$ 4,17 por libra-peso (82,61 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Santos (SP) e de R$ 4,15 por libra-peso (82,82 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Paranaguá (PR), com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente. Na Bolsa de Nova York, os vencimentos acumulam baixa, influenciados pelo aumento dos estoques certificados da ICE Futures e pelo enfraquecimento do petróleo no mercado internacional. O vencimento Dezembro/2023 apresenta desvalorização de 1,67% nos últimos sete dias, a 83,73 centavos de dólar por libra-peso; o Março/2023, 1,83%, a 85,46 centavos de dólar por libra-peso; Maio/2024, 2,02%, a 86,48 centavos de dólar por libra-peso; e Julho/2024, recuo de 2%, para 86,73 centavos de dólar por libra-peso. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.