10/Nov/2023

Segundo o Rabobank, o Brasil deve produzir 3 milhões de toneladas de algodão na safra 2023/2024, queda de 6,25% em relação à colheita recorde de 3,2 milhões de toneladas da safra 2022/2023 que, por sua vez, havia sido 24% maior que a colheita de 2021/2022. A área plantada deve crescer 8%, de 1,6 milhão para 1,8 milhão de hectares. A perspectiva de uma menor 2ª safra de milho de 2024 faz com que os produtores migrem a área para o algodão.

Se esta safra 2023/2024 for confirmada, o Brasil passará a ocupar o terceiro lugar no ranking dos maiores produtores mundiais da fibra, ultrapassando os Estados Unidos, que devem produzir 2,8 milhões de toneladas. O consumo global de algodão será 4% maior, de 24,1 milhões de toneladas este ano para 25,2 milhões de toneladas em 2024. A produção global deve cair de 25,9 milhões de toneladas para 24,5 milhões de toneladas. Os estoques globais, por sua vez, devem cair 4%, de 18 milhões de toneladas para 17,4 milhões de toneladas da fibra.

Embora no primeiro semestre deste ano as exportações brasileiras da fibra tenham caído 49% em comparação com igual período do ano passado, a partir do segundo semestre a redução da oferta de algodão dos Estados Unidos, com queda de 11% na safra 2022/2023, fez com que os importadores se voltassem para a fibra brasileira. Mesmo assim, no acumulado do ano até outubro, as exportações caíram 25% em comparação com igual período do ano-safra anterior. Mesmo com o Brasil se posicionando em terceiro lugar na produção global, eles seguirão como principais exportadores, com expectativa de 2,6 milhões de toneladas embarcadas em 2023/2024. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.