23/Nov/2023
Segundo a Agroconsult, a expectativa de redução da área plantada com milho, em virtude do atraso na semeadura e do replantio da soja, deve favorecer diretamente o plantio de algodão. A previsão para a área plantada com a fibra em 2023/2024 deve ser de 1,940 milhão de hectares. É uma área nunca antes plantada e que vai exigir alguns sacrifícios dos produtores. Com a área recorde, a estimativa de produção para a pluma é de 3,7 milhões de toneladas na próxima safra.
No ciclo atual (2022/2023), a produção é estimada em 3,2 milhões de toneladas. É um desafio enorme do ponto de vista de abertura de mercados, da logística, e da competição internacional. O algodão foi uma cultura agrícola que não teve a mesma derrocada de preços, como a soja e o milho, ao longo do ano. Os preços chegaram a ceder com o início do conflito entre Israel e Hamas, mas a expectativa é trabalhar em níveis de 82,00 e 83,00 centavos de dólar por libra-peso na safra 2023/2024.
A manutenção do preço, atrelada à redução significativa do custo de produção, que chegou a alcançar R$ 18 mil por hectare e agora voltou ao nível de R$ 12 mil a R$ 14 mil por hectare, permitirá uma rentabilidade muito boa para a pluma na safra 2023/2024. O crescimento da área plantada é resultado disso. Diante dessa expectativa, os produtores terão de esticar o tempo de uso das algodoeiras. O algodão vai chegar no limite da capacidade de beneficiamento.
O País poderá ter de importar máquinas dos Estados Unidos para abastecer o crescimento de área da próxima safra. O Brasil deverá superar os Estados Unidos nas exportações de algodão. No ciclo atual, o País ultrapassou os americanos em produção (3,2 milhões de toneladas em comparação com 2,9 milhões de tonelada dos Estados Unidos). O Brasil pode ultrapassá-los agora, mas estará em uma posição ainda melhor em termos de exportação na safra seguinte. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.