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29/Nov/2023

Preços internos do algodão recuam em novembro

Os preços internos do algodão em pluma têm oscilado em novembro, influenciados sobretudo por variações na paridade de exportação, nos preços internacionais e na taxa de câmbio. Assim, no balanço, verifica-se alta nos valores nos últimos sete dias, mas queda na parcial do mês. O Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registra avanço de 1,47% nos últimos sete dias, a R$ 3,91 por libra-peso. Na parcial de novembro, o Indicador registra queda de 2,62%, mas opera acima da paridade de exportação, considerando-se a média da parcial do mês. A liquidez está baixa, diante de desacordos quanto à qualidade e aos valores dos lotes disponíveis no spot. Os vendedores priorizam o cumprimento de contratos a termo para os mercados interno e externo.

Assim, com boa parte da safra já comprometida e/ou capitalizados, os produtores se voltam ao encerramento do beneficiamento da safra 2022/2023 e ao cultivo da nova temporada, especialmente da soja, aguardando melhores oportunidades para retomar as negociações de algodão. Os comerciantes, por sua vez, continuam realizando negócios “casados” ou adquirem lotes para cumprir programações. Indústrias compram a matéria-prima para atender à necessidade imediata e/ou repor estoques. Dados divulgados no dia 13 de novembro pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontam que 77,76% da temporada 2022/2023 já foi comercializada em Mato Grosso, maior Estado produtor brasileiro, abaixo dos 84,26% registrados no mesmo período da safra anterior e dos 86,29% da média dos últimos cinco anos.

Para a próxima safra, 50,13% já foram comercializados em Mato Grosso, em linha com a safra passada (51,5%), mas inferior à média dos cinco anos (57,05%). Segundo registros de negócios da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), os contratos a termo da safra 2022/2023 para o mercado interno representam 77% da demanda total estimada para a indústria (680 mil toneladas). Até o dia 28 de novembro, do total da temporada, foram registradas 1,072 milhão de toneladas, equivalentes a 33,8% da produção nacional estimada, sendo 49% para o mercado interno; 40%, para o externo; e 11%, para contratos flex (exportação com opção para mercado interno). No campo, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) indica que o beneficiamento somava 88% da produção nacional até o dia 23 de novembro. Em Mato Grosso, a atividade chega a 85% da produção; e, na Bahia, a 97%.

Para a safra 2023/2024, a semeadura já começou em São Paulo, Paraná e Minas Gerais. A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship) é de R$ 3,86 por libra-peso (78,97 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Santos (SP) e de R$ 3,87 por libra-peso (79,19 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Paranaguá (PR), com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente. Na Bolsa de Nova York, o vencimento Dezembro/2023 tem alta de 0,80% nos últimos sete dias, a 78,59 centavos de dólar por libra-peso, enquanto o Março/2023 registra recuo de 2,45% no mesmo período, a 79,26 centavos de dólar por libra-peso; Maio/2024, 2,55%, a 79,87 centavos de dólar por libra-peso; e Julho/2024, 2,41%, para 80,45 centavos de dólar por libra-peso. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.