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30/Nov/2023

Preços do algodão pressionados e negociação lenta

O mercado de algodão continua em ritmo lento, confirmando a tendência de baixa liquidez das últimas semanas. Os preços internos da pluma oscilam em novembro, influenciados por variações na paridade de exportação, nos preços internacionais e na taxa de câmbio. O enfraquecimento das vendas tem levado os produtores a cumprirem os contratos a termo para os mercados interno e externo. O mercado, que já vinha operando em ritmo lento, está praticamente parado. O movimento é normal nesta época do ano, marcada por férias coletivas das empresas em virtude do enfraquecimento da demanda. O ritmo lento tende a continuar até janeiro, pelo menos. Este ano as empresas deram férias ainda mais cedo, pois não há interesse para compras e vendas. O que tem saído são lotes pontuais. Os comerciantes continuam realizando negócios ‘casados’ ou adquirem lotes para cumprir programações. Essa tendência deve persistir nas negociações durante todo o primeiro semestre, até pelo menos a entrada da nova safra.

Não se observa muito interesse da indústria até a chegada do algodão novo. O consumo está lento, tanto no Brasil quanto no mercado externo. Se os compradores pagassem o valor do Indicador Cepea (cotado a R$ 3,82 por libra-peso) os vendedores certamente negociariam o produto, mas como ninguém quer receber algodão, o vendedor também está devagar. Apesar disso, o mercado interno tem espaço para demanda, mas os agentes estão observando o comportamento dos preços. Vai depender do preço do fio. Há espaço para novos negócios no primeiro semestre. O Indicador Cepea/Esalq, com pagamento em 8 dias, registra queda de 2,62% em novembro, mas opera acima da paridade de exportação. As negociações do algodão da safra 2024 também estão paradas, pois o vendedor não considera os preços atrativos. Seria necessário contar com uma alta no mercado para chegar a um preço atrativo, comparado com o que foi vendido nesta safra (por volta dos 83,00 centavos de dólar por libra-peso).

Em relação ao mercado externo, os embarques prosseguem normalmente para o cumprimento de contratos antigos, mas os negócios novos estão parados. O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) informou que a maior oferta da pluma no mercado e as incertezas quanto à demanda global pressionaram as cotações da fibra em novembro. O avanço da colheita e do beneficiamento do algodão norte-americano aumenta a disponibilidade mundial da pluma, pressionando as cotações. O mercado segue atento aos indicadores da demanda global pela fibra. Apesar de indicarem um cenário positivo, segundo o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), há países que têm demonstrado enfraquecimento em suas compras. Para o Imea, o ritmo das exportações deve orientar os preços da pluma nas próximas semanas, uma vez que o andamento dos embarques reflete o comportamento do consumo mundial pela fibra. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.