07/Dec/2023
O mercado de algodão continua com negócios apenas pontuais, confirmando a baixa liquidez das últimas semanas, com venda de lotes de baixa qualidade. As indústrias estão abastecidas, dando sinais de que o ano está praticamente encerrado. Nas vendas domésticas, as indústrias mostram interesse em novas aquisições apenas para o curto prazo, com o objetivo de se programar para o período de fim de ano. Além disso, a demanda reprimida em países como Turquia, Paquistão e Bangladesh desacelerou nas vendas externas nos últimos dias. Mas, a China vem comprando mais algodão brasileiro em função do preço, que é o mais barato do mundo. A demanda para a indústria está bem abaixo do mesmo período de 2022. Há mais ofertas, porém, com produtos de qualidade um pouco inferior.
No momento, os vendedores estão com foco no cumprimento dos contratos a termo, no beneficiamento da safra 2022/2023 e na semeadura da nova temporada. O Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registra queda de 1,31% nos últimos sete dias, para R$ 3,86 por libra-peso. Os preços estão mais balizados pela Bolsa de Nova York e pelo câmbio, mas o Indicador Cepea está mais próximo da realidade. As tradings seguem com a exportação como principal objetivo, já que o mercado doméstico não está demandando. Mas, para o tamanho da safra, as exportações ainda estão abaixo do desejável. Contudo, as tradings estão cumprindo seu papel no spot, recebendo os contratos e tentando exportar na medida do possível.
O País terá um incremento da área a ser plantada em 2023/2024. Com isso, o volume negociado já está próximo de 50%. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) informou que problemas climáticos enfrentados durante o plantio da soja podem levar os produtores a abandonar as áreas prejudicadas por causa dos custos adicionais para a safra. Desse modo, os produtores que cultivam algodão em 2ª safra devem destinar parte da área de soja para o cultivo da fibra, visto a necessidade de produzir e cumprir os contratos já firmados. A área plantada de algodão em Mato Grosso no ciclo 2023/2024 deve aumentar em 3,21% na comparação com a estimativa de novembro. A previsão é de que sejam plantados 1,35 milhão de hectares no Estado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.