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10/Jan/2024

Tendência de baixa dos preços internos do algodão

Neste início de 2024, boa parte dos agentes ainda está em recesso e/ou em férias coletivas, cenário que mantém fraca a liquidez no mercado doméstico de algodão em pluma. Agentes acreditam que o ritmo de negócios deve crescer gradualmente nos próximos dias, à medida que compradores e vendedores voltem às atividades. Contudo, o foco de players continua sendo os carregamentos e o cumprimento de contratos a termo destinados aos mercados interno e, sobretudo, externo. Depois de escoar em dezembro/2023 o segundo maior volume de algodão em pluma para o mês, de 350,8 mil toneladas, os embarques brasileiros seguem intensos neste começo de 2024. Em apenas quatro dias úteis, já foram exportadas 47,33 mil toneladas da fibra, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Esse volume representa 13% de toda a exportação realizada em dezembro/2023 e 38% de todo o volume de janeiro/2023.

A atual média diária de exportação está em 11,83 mil toneladas, contra 5,64 mil toneladas em janeiro/2023 (+109,9%). Na parcial da safra 2022/2023, de agosto/2023 até o início de janeiro/2024, o volume escoado soma 1,168 milhão de toneladas e já representa mais de 80% da quantidade embarcada no total da temporada 2021/2022 (de agosto/2022 a julho/2023), de 1,45 milhão de toneladas. Quanto aos preços, o valor médio da pluma exportada está em 87,33 centavos de dólar por libra-peso neste início de janeiro/2024, retração de 1% no comparativo mensal (88,24 centavos de dólar por libra-peso) e aumento de 2,3% no anual (85,37 centavos de dólar por libra-peso). Para o mercado interno, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registra recuo de 2,43% nos últimos sete dias, cotado a R$ 3,90 por libra-peso. O Indicador está, em média, 2,8% superior à paridade de exportação neste início de ano.

A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship) é de R$ 3,82 por libra-peso (78,52 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Santos (SP) e de R$ 3,83 por libra-peso (78,73 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Paranaguá (PR), com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente. Na Bolsa de Nova York, os primeiros contratos apresentam pouca oscilação neste começo de ano. O vencimento Março/2024 apresenta desvalorização de 0,72% nos últimos sete dias, a 80,42 centavos de dólar por libra-peso; Maio/2024, 0,80%, a 81,49 centavos de dólar por libra-peso; Julho/2024, 0,65%, a 82,29 centavos de dólar por libra-peso; enquanto o Outubro/2024 tem alta de 1,49% no período, para 80,84 centavos de dólar por libra-peso.

Dados divulgados no dia 4 de janeiro pelo Comitê Consultivo Internacional do Algodão (Icac) estimam a produção mundial da safra 2023/2024 em 24,56 milhões de toneladas, recuo de 1,42% frente às informações do início de dezembro/2023 e 1,14% menor que a temporada anterior. Com o reajuste mensal negativo de 0,77%, o consumo mundial de algodão, por sua vez, ainda deve aumentar 0,35% frente à temporada 2022/2023, para 23,76 milhões de toneladas. Assim, o consumo pode ficar 3,26% inferior à oferta. Para a exportação mundial, projeta-se aumento de 10,68% frente à safra anterior, mas queda de 0,91% em relação aos dados do mês anterior, para 8,92 milhões de toneladas na temporada 2023/2024. Nesse cenário, o estoque final deve somar 22,06 milhões de toneladas, com elevação de 3,93% em relação à temporada 2022/2023, mas reajuste negativo de 0,71% sobre os dados de dezembro/2023. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.