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11/Jan/2024

Preços do algodão pressionados e negociação lenta

O ritmo das negociações de algodão está lento no mercado interno neste começo de ano. Nem todas as indústrias e agentes voltaram ao mercado até agora, o que justifica a baixa liquidez da pluma. O foco de players continua sendo os carregamentos e o cumprimento de contratos a termo destinados aos mercados interno e, sobretudo, externo. A expectativa é que os players voltem com mais intensidade na próxima semana, o que tende a reaquecer as vendas internas. As vendas internas mantêm o ritmo do fim de dezembro. Janeiro é um mês de poucos negócios comparado com outros períodos do ano. O pessoal está começando a receber o algodão contratado e as indústrias estudam as melhores formas de compra.

Há também um problema de qualidade, relacionado a chuvas que mancharam um pouco a pureza da fibra. O algodão não está tão branco. As indústrias estão buscando algodão de alta qualidade e não estão conseguindo neste momento. As tradings já estão de olho na safra 2023/2024, beneficiada entre agosto e setembro. Já há empresas procurando contratos com entrega imediata no período. O Indicador Cepea/Esalq com pagamento em 8 dias registra queda de 1,98% em janeiro, a R$ 3,92 por libra-peso. O ritmo de exportações continua bastante intenso. Os embarques brasileiros da fibra natural somaram 350,79 mil toneladas em dezembro de 2023, 99,63% mais que as 175,72 mil toneladas enviadas ao exterior em dezembro do ano anterior, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Trata-se do segundo maior volume de algodão em pluma para o mês. Neste começo de 2024, em apenas quatro dias úteis, já foram exportadas 47,33 mil toneladas da fibra. O volume representa 13% de toda a exportação realizada em dezembro e 38% de todo o volume de janeiro de 2023. A atual média diária de exportação está em 11,83 mil toneladas, ante 5,64 mil toneladas em janeiro/23 (+109,9%). No acumulado de 2023, as exportações totalizaram 1,618 milhão de toneladas (-18,25% ante o 1,979 milhão de toneladas exportadas de janeiro a dezembro de 2022) e US$ 3,074 bilhões (-23,35% ante os US$ 4,009 bilhões de janeiro a dezembro de 2022).

Nesta quarta-feira (10/01), o primeiro levantamento de safra realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) neste ano mostrou que a área cultivada de algodão deve ter um aumento de 6,2% em relação à safra 2022/2023. A semeadura alcançou 32% no País, mas a área estimada em 1,77 milhão de hectares pode variar em função do abandono do plantio da soja em Mato Grosso provocado pelas condições climáticas adversas e pela migração para o cultivo da fibra. Ainda assim, a colheita deve ser de 3,10 milhões de toneladas, queda de 2,3% em comparação com 2022/2023. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.