02/Feb/2024

O mercado de algodão ainda opera em ritmo lento. O interesse de venda é pontual, com comercialização de pequenos lotes, em geral de pluma de menor qualidade. As vendas para o mercado externo estão aquecidas e continuarão assim. Em relação ao mercado interno, a demanda é fraca. Os produtores com necessidade de caixa ofertam lotes a preços mais baixos. Já os que estão capitalizados não cedem nos valores, apostando em melhores oportunidades mais à frente. No momento, o foco dos produtores está em honrar contratos. O produtor não tem muitos volumes para negociar. Além disso, há problemas de qualidade. O mercado está em um momento ‘flat’, com oferta e demanda muito justas. Não há excedente de oferta e a demanda está linear.

Em relação ao mercado futuro, os produtores estão cautelosos e tendem a negociar ao preço Esalq a fixar, ou seja, receberão o preço cotado no momento da entrega do produto, a partir de agosto. No ano passado, as negociações com a pluma enfrentaram problemas logísticos devido à competição da pluma com os grãos pelos fretes e entraves provocados por chuvas nos portos. A expectativa, agora, é que fevereiro seja um mês com vendas robustas. A perspectiva é de safra recorde e disponibilidade da pluma brasileira. Isso deve garantir o preço competitivo da pluma nacional e manter a demanda por exportação.

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), até a quarta semana de janeiro, as exportações brasileiras somavam 240,4 mil toneladas de pluma, volume 93,9% superior ao escoado em todo janeiro de 2023 e o terceiro maior já embarcado em um mês de janeiro. A média diária de exportação está em 12,653 mil toneladas, mais que o dobro de janeiro do ano passado, de 5,64 mil toneladas. A StoneX divulgou estimativa de produção brasileira recorde de algodão em 2023/2024, com volume de 3,33 milhões de toneladas. A exportação foi estimada em 2,5 milhões de toneladas. Mesmo com os embarques elevados, os estoques finais devem ser mais folgados, com volumes maiores do que os verificados na safra passada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.