28/Feb/2024
Depois de fechar acima dos R$ 4,30 por libra-peso no dia 20 de fevereiro, o preço interno do algodão voltou a oscilar, mas por volta da casa dos R$ 4,20 por libra-peso. Boa parte dos vendedores, atenta aos atuais patamares externos, está firme no preço indicados no mercado doméstico. Os produtores estão atentos ao bom desenvolvimento do algodão da safra 2023/2024, enquanto os que ainda detêm a pluma da temporada 2022/2023 buscam boas oportunidades de venda. No geral, a maioria dos vendedores se mostra capitalizada. Os comerciantes dão prioridade para realizar negócios “casados”. Algumas indústrias, por sua vez, têm buscado adquirir a fibra para o curto prazo e para novos contratos a termo, ainda que de forma cautelosa, devido ao repasse dos custos aos manufaturados.
As empresas que têm maior necessidade de compra no spot ofertam valores maiores, na tentativa de atrair vendedores, especialmente para lotes de qualidade superior. O Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registra leve alta de 0,02% nos últimos sete dias, a R$ 4,24 por libra-peso. Na parcial de fevereiro, o Indicador registra alta de 6,37%. A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship) é de R$ 4,40 por libra-peso (88,40 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Santos (SP) e de R$ 4,41 por libra-peso (88,62 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Paranaguá (PR), com base no Índice Cotlook A, referente a pluma posta no Extremo Oriente. Na Bolsa de Nova York, os primeiros contratos estão em alta, impulsionados pela elevação do valor do petróleo, uma vez que isso tende a desestimular a demanda pela fibra sintética.
O vencimento Março/2024 registra valorização de 5,91% nos últimos sete dias, a 96,58 centavos de dólar por libra-peso; Maio/2024 tem alta de 3,39%, a 94,80 centavos de dólar por libra-peso; Julho/2024, 2,34%, a 93,68 centavos de dólar por libra-peso; e Outubro/2024, 1,49%, para 86,41 centavos de dólar por libra-peso. Segundo registros de negócios da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), até o dia 27 de fevereiro, do total da temporada 2022/2023, foram registradas 1,227 milhão de toneladas, equivalentes a 38,7% da produção nacional estimada, sendo 49,6% para o mercado interno; 40% para o externo; e 10,4% para contratos flex (exportação com opção para mercado interno). Para o mercado interno, as indústrias já estariam com 89% da demanda suprida por meio de contratos na safra 2022/2023.
Para a próxima temporada, 646,77 mil toneladas foram comercializadas até o dia 27 de fevereiro, sendo assim, ao menos 19,7% da safra brasileira 2023/2024 já estaria comprometida, sendo 226,12 mil toneladas para o mercado interno; 338,85 mil toneladas, para o externo; e 81,8 mil toneladas para contratos flex. Para Mato Grosso, dados divulgados no dia 12 de fevereiro pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontam que 83,98% da temporada 2022/2023 já foi comercializada no Estado. Para a próxima safra, o Instituto indica que 54,93% já foram comercializados em Mato Grosso, próximo ao da temporada passada (58,29%), mas inferior à média dos cinco anos (64,04%). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.