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01/Mar/2024

Tendência de alta nos preços internos do algodão

A demanda por algodão no mercado interno está mais aquecida, com sinal de diminuição da capacidade ociosa das empresas. Os preços da fibra estão menos voláteis e com tendência de alta na entressafra. Os preços sobem refletindo a realidade da entressafra, com o problema da qualidade e o aumento da demanda externa, o que dá suporte às negociações no mercado doméstico. Mesmo com a baixa qualidade da pluma disponível, as indústrias abrem exceções, pois a dificuldade por qualidade continua grande. Há registro de negócios a R$ 4,30 por libra-peso, para entrega imediata, com fibra de Mato Grosso com destino à indústria têxtil de São Paulo e Santa Catarina. A economia melhorou e a situação está mais confortável, pois os preços estão mais altos e já faz sentido para o produtor apresentar volumes para negociação. O mercado mais confiante e a indústria se planeja melhor. Algumas indústrias têm buscado adquirir a fibra para o curto prazo devido ao repasse dos custos aos manufaturados.

Empresas que têm maior necessidade de compra no spot ofertam valores mais altos, na tentativa de atrair vendedores, especialmente para lotes de qualidade superior. Depois de fechar acima dos R$ 4,30 por libra-peso no dia 20 de fevereiro, o preço interno do algodão voltou a oscilar, mas por volta da casa dos R$ 4,20 por libra-peso. Os vendedores estão firmes no preço pedido no mercado doméstico e atentos ao bom desenvolvimento do algodão da safra 2023/2024, enquanto os que ainda detêm a pluma da temporada 2022/2023 buscam valores mais remuneradores para vender. No geral, a maioria dos vendedores se mostra capitalizada. Em relação às exportações, os embarques diminuíram na semana, com as vendas perdendo o impulso que vinham ganhando desde o começo do ano. A consultoria StoneX manteve a estimativa de previsão recorde para a safra brasileira 2023/2024, com projeção de colheita de 3,33 milhões de toneladas, impulsionada pela safra de Mato Grosso que, sozinho, deve produzir 2,4 milhões de toneladas.

A área total colhida no País deve ser de 1,89 milhão de hectares, com produtividade média de 1,77 tonelada por hectare. Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), Mato Grosso concluiu o plantio. A Bahia também encerrou o período de semeadura. Segundo a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), foram semeados 344,4 mil hectares, um aumento de 9,3% em relação à safra passada (2022/2023). A produção deve render em média 1,9 mil quilos de pluma por hectare. A maioria dos produtores intensificou o plantio irrigado no fim de janeiro, buscando a melhor janela de plantio, disse a associação. A perspectiva é de manutenção da estimativa inicial de produtividade, de 312 arrobas de algodão por hectare. A associação registrou 11,5% de replantio no início da safra, o que corresponde a uma área de 28 mil hectares. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.