ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

02/Dec/2024

Brasil: projeção de produção recorde em 2024/2025

Segundo a Agroconsult, o Brasil deve ultrapassar pela primeira vez a marca de 4 milhões de toneladas de pluma de algodão na safra 2024/2025. A produção recorde será impulsionada pelo aumento de 10% na área plantada, que deve atingir 2,17 milhões de hectares, com produtividade estimada em 126 arrobas de pluma por hectare. A rentabilidade do algodão, especialmente o de 2ª safra após soja, é ainda muito superior à do sistema soja mais 2ª safra de milho. Na safra 2023/2024, que está sendo finalizada, a produção ficou 100 mil toneladas abaixo do inicialmente previsto, totalizando 3,74 milhões de toneladas. A produtividade de 123 arrobas por hectare foi menor do que a estimativa inicial de 128,5 arrobas. Os estoques finais são uma preocupação para o setor. Com produção crescente e apesar de embarques recordes, os estoques devem saltar de 560 mil toneladas em 2023/2024 para quase 1 milhão de toneladas em 2024/2025, mesmo com exportações projetadas em 2,95 milhões de toneladas.

O problema é como colocar tanto algodão no mercado internacional, pois há a questão da capacidade operacional, especialmente disponibilidade de linhas, de contêineres, ao tempo e à hora. O Brasil já caminha para um recorde nas exportações em 2023/2024, devendo alcançar 2,83 milhões de toneladas, acima dos 2,68 milhões de toneladas do ciclo anterior. Até agora, o País já exportou 90 mil toneladas a mais do que em igual período do ano anterior. Para fazer os 2,8 milhões, será preciso 150 mil toneladas a mais. No cenário internacional, os Estados Unidos enfrentam o terceiro ano consecutivo de frustrações em sua safra, com abandonos de lavoura por falta de água no Texas, abrindo espaço para o Brasil. O consumo mundial deve se manter estável em torno de 25 milhões de toneladas de pluma. A boa notícia é que o consumo é consistente. Com estoques aumentando no Brasil e no mundo, é possível que haja pressão sobre os preços em 2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.