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12/Mar/2025

Preços do algodão sustentados no mercado interno

Os preços do algodão continuam oscilando em uma faixa estreita, mas, no balanço, ainda se mantêm em tendência de alta. Assim, apesar da pequena variação, as cotações atuais são as maiores em um ano. Players seguem dando prioridade aos embarques de pluma de contratos a termo, sobretudo ao mercado externo. A maioria dos negócios para exportação é realizada a valor maior que o praticado no spot nacional. Além disso, as recentes valorizações internacionais favorecem a postura mais resistente de vendedores para novos negócios no spot. Do lado da demanda, as indústrias adquirem lotes no spot de forma pontual, visando repor estoque e/ou atender à necessidade imediata. Agentes relatam certa recuperação das vendas de manufaturados. Os compradores mostram interesse em novos negócios a termo, com entregas para os próximos meses, envolvendo especialmente o produto da temporada 2024/2025.

No mercado físico, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registra avanço de 0,71% na parcial de março, cotado a R$ 4,20 por libra-peso. No dia 6 de março, especificamente, o Indicador atingiu R$ 4,23 por libra-peso, o maior valor nominal desde 14 de março de 2024, quando esteve em R$ 4,27 por libra-peso. A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship) é de R$ 3,92 por libra-peso (67,05 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Santos (SP) e de R$ 3,91 por libra-peso (66,87 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Paranaguá (PR), com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente. Na Bolsa de Nova York, os primeiros contratos são impulsionados pela desvalorização do dólar frente a importantes moedas e pelo aumento no valor do petróleo. Ambos os fatores tornam a fibra natural norte-americana mais atrativa a compradores estrangeiros.

Agentes também apontam bom desempenho das vendas dos Estados Unidos. De 28 de fevereiro a 10 de março, o vencimento Maio/2025 tem valorização de 1,15%, a 66,00 centavos de dólar por libra-peso; o contrato Julho/2025 registra avanço de 1,24%, a 67,21 centavos de dólar por libra-peso; para Outubro/2025, a elevação é de 1,6%, a 69,11 centavos de dólar por libra-peso e, para o Dezembro/2025, a alta é de 1,15%, a 68,66 centavos de dólar por libra-peso. Vale considerar que o contrato Março/2025 se encerrou no dia 7 de março, a 64,76 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 1,38% em relação a 28 de fevereiro. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em fevereiro, foram embarcadas 274,63 mil toneladas de algodão em pluma, um recorde para o mês, mas 33,9% inferior ao volume de janeiro/2025. Em 12 meses (de março/2024 a fevereiro/2025), as vendas ultrapassam as 2,9 milhões de toneladas, e seguem renovando o recorde para o período.

Entre agosto/2024 e fevereiro/2025 (safra 2024/2025), o Brasil já exportou 1,9 milhão de toneladas, o equivalente a 71% do total embarcado na temporada anterior (agosto/2023 até julho/2024). Os principais destinos da pluma brasileira nesta temporada são China (representando 22% do total), Vietnã (20%), Paquistão (17%), Bangladesh (13%), Turquia (9%), Índia (6%) e Indonésia (6%). Esses destinos abrangem 93% do total exportado. Quanto ao preço, o valor médio da pluma exportada foi de 76,34 centavos de dólar por libra-peso em fevereiro, recuos de apenas 1,6% no comparativo mensal (77,56 centavos de dólar por libra-peso) e de 11,1% no anual (85,83 centavos de dólar por libra-peso). No entanto, em moeda nacional, o valor recebido pela pluma exportada ficou em R$ 4,40 por libra-peso, superando em 6,2% o preço praticado no mercado interno (R$ 4,14 por libra-peso). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.