09/Apr/2025
Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a safra 2024/2025 de algodão em Mato Grosso foi ajustada para baixo em abril, com recuo de 1,18% na estimativa de área plantada, totalizando 1,51 milhão de hectares. A retração foi atribuída ao atraso na colheita da soja, que comprometeu o plantio da 2ª safra de 2025 dentro da janela ideal. Ainda assim, a área cultivada é 2,97% superior à da temporada anterior. Com a produtividade mantida em 284,26 arrobas por hectare (média baseada nos últimos ciclos, já que a cultura ainda está em desenvolvimento), a produção de algodão em caroço foi revisada para 6,42 milhões de toneladas, queda de 1,20% frente à projeção de março. A produção de pluma, principal produto de exportação do setor, foi estimada em 2,67 milhões de toneladas, recuo de 1,21%. Mesmo com os ajustes, a colheita deve superar o volume da safra passada em 0,34%.
No lado da demanda, a projeção para a safra 2024/2025 se manteve em 2,65 milhões de toneladas, alta de 10,06% em relação ao ciclo anterior. A expectativa é de que 2 milhões de toneladas sejam destinadas à exportação, 617,54 mil para o mercado interestadual e 33,62 mil para consumo interno em Mato Grosso. Esse crescimento é reflexo da manutenção do ritmo aquecido das exportações brasileiras. Com a revisão para baixo na oferta e a demanda firme, os estoques finais da temporada foram estimados em 686,09 mil toneladas, uma redução de 3,18% em comparação ao relatório anterior. Desse total, 552,68 mil toneladas já foram vendidas e devem ser embarcadas apenas na próxima temporada, enquanto 133,41 mil toneladas ainda precisam ser comercializadas. As vendas da pluma da safra atual (2024/2025) chegaram a 57,12% da produção estimada em março, avanço de 2,40% no comparativo mensal.
O volume comercializado está 2,95% à frente do registrado no mesmo período da temporada anterior, embora ainda esteja 8,64% atrás da média dos últimos anos. O preço médio das vendas em abril é de R$ 137,36 por arroba, queda de 1,13% em relação ao mês anterior. Para a temporada 2025/2026, as vendas antecipadas também avançaram, atingindo 14,99% da produção estimada, com alta mensal de 5,08%. O preço médio negociado subiu 2,08% no mês, para R$ 135,96 por arroba. Os derivados do algodão também apresentaram variações. O caroço de algodão disponível no Estado foi cotado a R$ 1.367,63 por tonelada, enquanto a torta de algodão subiu 6,81% na semana, para R$ 1.263,75 por tonelada. O óleo de algodão ficou estável em R$ 5.296,30 por tonelada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.