ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

17/Apr/2025

Tarifas dos EUA abrem espaço para Brasil na China

Segundo avaliação do Itaú BBA, a imposição de tarifas recíprocas entre Estados Unidos e China, formalizada no início deste mês, após semanas de tensão, reforça o espaço do Brasil como principal fornecedor de algodão para o mercado chinês. A combinação entre oferta abundante e tarifas elevadas sobre produtos norte-americanos cria uma janela estratégica para o agronegócio brasileiro ampliar sua presença no maior mercado asiático. Contudo, há possibilidade de um novo acordo entre Estados Unidos e China que pode neutralizar parte dos ganhos.

A China importou 760 mil toneladas de algodão dos Estados Unidos no ano passado, sendo o principal destino da pluma norte-americana. Com a nova rodada de tarifas, o Brasil passa a ser o substituto mais evidente. Apesar da redução da necessidade de importação, o substituto mais óbvio para a pluma norte-americana no país asiático é o Brasil. A expectativa é de que a China reduza suas compras totais de algodão neste ciclo, passando de 3,3 milhões para 1,4 milhão de toneladas, conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Mesmo assim, a oferta brasileira, que deve alcançar nova safra recorde em 2024/2025, é considerada adequada para ocupar parte do espaço.

O Brasil deve se beneficiar da combinação entre aumento de área plantada, câmbio competitivo e demanda internacional instável. Ainda assim, o impacto final dependerá do desdobramento político entre as duas maiores economias do mundo. Os desdobramentos do tarifaço para o agronegócio brasileiro, com as informações até meados de abril, parecem, no agregado, positivos. Mas isso dependerá do não aprofundamento das tensões entre Estados Unidos, China e União Europeia, direcionando o mundo a um menor crescimento econômico. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.