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21/May/2025

Preços do algodão pressionados por queda externa

As desvalorizações externas do algodão em pluma têm pressionado os valores de negociação no Brasil. Além disso, o recuo do dólar frente ao Real também reforça a pressão, à medida que reduz a paridade de exportação. Os compradores, atentos às recentes quedas externas, se afastam do mercado spot, à espera de novas baixas. Além disso, muitos apontam dificuldades em repassar os atuais custos da pluma aos produtos manufaturados. Os vendedores evitam ofertar no spot e focam o cumprimento de contratos e a efetivação de novos fechamentos envolvendo lotes da safra 2024/2025. O Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registra recuo de 1,79% nos últimos sete dias, cotado a R$ 4,35 por libra-peso. Em maio, o Indicador acumula baixa de 0,7%.

Apesar disso, na parcial deste mês, a média do Indicador ainda está 13,5% acima da paridade de exportação. A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship) é de R$ 3,79 por libra-peso (67,08 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Santos (SP) e de R$ 3,80 por libra-peso (67,27 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Paranaguá (PR), com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente. Na Bolsa de Nova York, os contratos também estão em baixa, influenciados por perspectivas de estoques mais elevados nos Estados Unidos, pela desvalorização do petróleo no mercado internacional e pelo fortalecimento do dólar frente às principais moedas concorrentes, uma vez que ambos tendem a enfraquecer a demanda pela fibra natural norte-americana.

O contrato Julho/2025 registra recuo de 1,49% nos últimos sete dias, cotado a 65,64 centavos de dólar por libra-peso; o contrato Outubro/2025 tem baixa de 0,83%, a 68,32 centavos de dólar por libra-peso, e o Dezembro/2025, 0,74%. O vencimento Março/2026 apresenta desvalorização de 0,58% no mesmo período, indo para 69,69 centavos de dólar por libra-peso. Em relatório divulgado no dia 15 de maio, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou novos reajustes positivos na produção nacional de pluma da safra 2024/2025, de 0,36% frente aos dados de abril/2025 e de 5,5% em comparação à temporada 2023/2024, podendo chegar a 3,9 milhões de toneladas, o que seria um novo recorde. A área cultivada é estimada em 2,084 milhões de hectares, elevação de 0,21% no comparativo mensal e alta de 7,2% com relação à safra anterior.

A produtividade nacional está prevista para cair 1,6% sobre a temporada 2023/2024, indo para 1.874 Kg por hectare, mas foi feito um reajuste positivo de 0,16% frente ao relatório anterior. Neste mês, o destaque continua sendo para a Bahia, que teve a sua projeção de área elevada em 1,27% se comparada aos dados de abril/2025, indo para 413,1 mil hectares, expressivos 19,4% acima da safra anterior. Sendo assim, por mais que a produtividade da Bahia possa recuar 1,1% frente à temporada 2023/2024, a produção deve chegar em 836,6 mil toneladas, forte alta de 18,1% sobre a safra anterior. No campo, ainda segundo a Conab, 69,7% das lavouras brasileiras da safra 2024/2025 estavam em formação de maçãs até o dia 20 de abril; 29%, em maturação; e 1,1%, em floração. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.