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12/Jun/2025

Preços do algodão estáveis no mercado doméstico

O mercado de algodão continua com preços oscilando em intervalo reduzido, com baixa liquidez no spot e agentes priorizando fechamento de contratos a termo para os próximos meses. Os preços domésticos mantêm-se estáveis, enquanto as cotações internacionais enfrentam pressão do recuo do petróleo, que favorece a competitividade das fibras sintéticas. O Indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, com pagamento em 8 dias acumula queda de apenas 0,28%, na parcial de junho, com média mensal de R$ 4,39 por libra-peso, quase idêntica à verificada em maio (R$ 4,39 por liba-peso). A diferença entre o mercado interno e a paridade de exportação mantém-se elevada, com o Indicador 15,6% acima da paridade na média do mês. De um modo geral, alguns vendedores têm optado por liquidar lotes da temporada 2023/2024, enquanto compradores com menor estoque ficam ativos pontualmente no spot. O foco dos agentes tem sido o fechamento de contratos a termo, para recebimento do produto nos próximos meses ou mesmo em 2026.

A paridade de exportação brasileira teve retração de 2,7% entre 30 de maio e 9 de junho, passando para R$ 3,75 por libra-peso no Porto de Santos (SP), devido à desvalorização do dólar ante o Real. O Índice Cotlook A, referência internacional, subiu apenas 0,06% no período, para 77,75 centavos de dólar por libra-peso. As exportações brasileiras continuam em ritmo elevado, mesmo com desaceleração em maio. O Brasil embarcou 192,2 mil toneladas de pluma no mês passado, volume 19,6% abaixo de abril e 16,2% menor que maio de 2024. Na primeira semana de junho, foram exportadas 35,48 mil toneladas, com média diária de 7,096 mil toneladas, 11,5% inferior à de junho do ano passado. No acumulado da safra 2024/2025 (agosto a maio), o País já exportou 2,61 milhões de toneladas, apenas 3% menos que toda a temporada anterior. Em Mato Grosso, principal Estado produtor, a comercialização da safra 2024/2025 atingiu 62,75% da produção estimada até maio, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O ritmo está 2,83% à frente do mesmo período do ano passado, mas 8,37% abaixo da média dos últimos cinco anos.

O valor médio negociado em maio recuou 0,88%, para R$ 138,08 por arroba, limitando novas operações. Para a safra 2025/2026, a comercialização alcançou 20,20% da produção projetada, com avanço de 4,21% em maio. O preço médio caiu 0,31% no mês, para R$ 136,77 por arroba, refletindo a cautela dos produtores diante das incertezas do mercado. No campo, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informa que 78% das lavouras brasileiras da safra 2024/2025 estavam em maturação até o dia 8 de junho, com 20,5% em formação de maçãs e apenas 1,4% já colhido. A atividade industrial têxtil apresenta sinais mistos, com o setor de fabricação de produtos têxteis avançando 6,6% no comparativo anual até abril, enquanto a confecção de vestuário recuou 3,8%. O mercado de caroço de algodão mantém negociações lentas, com a maior parte dos lotes da safra 2023/2024 já liquidada. Os compradores enfrentam dificuldade para acordar preços com vendedores ativos, mantendo o segmento com baixa atividade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.