ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

23/Jun/2025

Preços em alta e boa rentabilidade para o produtor

Segundo o Itaú BBA, o mercado de algodão continua com fundamentos positivos no Brasil, com basis elevado, preços internos em alta e boa rentabilidade para o produtor. Esse cenário pode estimular um incremento da área plantada para a safra 2025/2026, ainda que de forma comedida. A decisão dos agricultores dependerá da manutenção das cotações nos próximos meses e da evolução climática nas principais regiões produtoras. No mercado internacional, os contratos futuros na Bolsa de Nova York encerraram em maio com valorização de 1,7%, para 66,70 centavos de dólar por libra-peso. Na comparação com o mesmo mês de 2024, porém, as cotações estão 14,3% abaixo.

Na primeira quinzena de junho, houve recuo de 1,8%, para 65,50 centavos de dólar por libra-peso, refletindo o bom andamento do plantio nos Estados Unidos e as condições climáticas favoráveis até o momento. No Brasil, o movimento das cotações é de firmeza. Em Rondonópolis (MT), o preço da pluma subiu 3% em maio, para R$ 4,13 por libra-peso, com nova alta de 0,6% na primeira quinzena de junho, chegando a R$ 4,15 por libra-peso. A sólida demanda pelo algodão brasileiro, combinada com a redução da oferta de outras origens, tem sustentado o basis em patamares bastante elevados. Essa diferença entre os preços internos e externos tem garantido rentabilidade mais positiva ao produtor nacional.

O caroço de algodão também continua valorizado. Em Mato Grosso, as cotações giram em torno de R$ 1.600,00 por tonelada. Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), mais de 50% do volume total da temporada 2024/2025 já foi vendido, 14% acima do observado no mesmo período do ciclo passado. No cenário global, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu a estimativa de produção norte-americana para 2025/2026, de 3,157 milhões para 3,048 milhões de toneladas, com queda também na produtividade. O ajuste reflete a possibilidade de aumento na taxa de abandono, caso o clima se deteriore ao longo do segundo semestre.

Na China, o USDA revisou para cima a produção, de 6,314 milhões de toneladas para 6,532 milhões de toneladas, e reduziu a previsão de importação de 1,524 milhão para 1,415 milhão de toneladas. Com esses ajustes, a produção mundial foi revisada para baixo e os estoques globais caíram de 17,065 milhões de toneladas para 16,721 milhões de toneladas. Na Índia e no Paquistão, a temporada de monções começou mais cedo que o esperado, com perspectiva de chuvas acima da média. Caso as projeções se confirmem, o cenário pode resultar em incremento na produção dos dois países, ampliando a oferta global. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.