09/Jul/2025

Segundo dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a comercialização da pluma de algodão da safra 2024/2025 em Mato Grosso atingiu 65,01% da produção estimada até o fim de junho. O avanço mensal foi de 2,35%, mesmo diante da retração de 3,34% no preço médio das vendas, que caiu para R$ 133,34 por arroba. A expectativa de oferta crescente com o avanço da colheita e a ausência de sinais imediatos de recuperação nas cotações têm levado produtores a fechar novos negócios para garantir liquidez. Na safra 2025/2026, as vendas antecipadas somam 20,68% da produção projetada, com incremento de 1,91%.

O desempenho está 8,51% abaixo da média dos últimos cinco anos, refletindo a cautela dos cotonicultores diante de incertezas climáticas e de preços menos atrativos. O valor médio dos contratos fechados em junho ficou em R$ 134,71 por arroba, com queda de 1,67% em relação a maio. O preço médio da pluma recuou 0,87% na semana passada e foi cotado a R$ 129,82 por arroba. A paridade de exportação para dezembro de 2025 caiu 1,70%, encerrando a R$ 123,21 por arroba, influenciada principalmente pela valorização do Real. A colheita da safra 2024/2025 começou em Mato Grosso e atingiu 0,73% da área total estimada até 4 de julho, com avanço de 0,52% na semana. A área plantada foi revisada para cima em julho, passando a 1,52 milhão de hectares, crescimento de 1,17% sobre a estimativa de junho.

Desse total, 297,40 mil hectares correspondem à safra de verão (1ª safra 2024/2025) e 1,23 milhão da 2ª safra de 2025. Mesmo com chuvas prejudicando parte da safra de verão (1ª safra 2024/2025), os relatos indicam que o volume pluviométrico favoreceu as lavouras da 2ª safra, que representam 80% da área cultivada. Por isso, o Imea manteve a projeção de produtividade média do Estado em 297,06 arrobas por hectare, alta de 1,83% sobre o ciclo anterior. A produção de algodão em caroço foi estimada em 6,79 milhões de toneladas, o que representa novo recorde histórico para Mato Grosso. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.