09/Jul/2025
A colheita de algodão da safra 2024/2025 segue mais lenta que a do ano passado no Brasil. O clima frio e chuvas fora de época em diversas regiões, além de atrasarem as atividades de campo, podem trazer efeitos negativos sobre a qualidade do produto. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), 7,3% da área brasileira havia sido colhida até o dia 5 de julho, bem abaixo da média dos últimos cinco anos, que é de 12%. Os vendedores seguem interessados em liquidar os lotes remanescentes de algodão da temporada 2023/2024 e em cumprir contratos a termo realizados anteriormente. Os compradores, por sua vez, estão em busca de novos lotes, mas com dificuldades de acordarem ora preços, ora qualidade, ofertando valores inferiores. Esses agentes estão atentos às desvalorizações externas. O Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registra recuo de 0,43% nos últimos sete dias, cotado a R$ 4,12 por libra-peso. A média parcial do mês é de R$ 4,11 por libra-peso, a menor desde novembro/2024, em termos nominais.
Os preços externos são pressionados por incertezas quanto à demanda da China pela pluma norte-americana e pelo bom desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos. Na Bolsa de Nova York, o contrato Julho/2025 apresenta desvalorização de 1,35% nos últimos sete dias, a 65,39 centavos de dólar por libra-peso; o contrato Outubro/2025 tem recuo de 1,32%, a 66,79 centavos de dólar por libra-peso, e o Dezembro/2025 registra retração de 0,35%, a 67,89 centavos de dólar por libra-peso. O vencimento Março/2026 tem queda de 0,29% nos últimos sete dias, indo para 69,26 centavos de dólar por libra-peso. A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship) é de R$ 3,76 por libra-peso (68,72 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Santos (SP) e de R$ 3,77 por libra-peso (68,92 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Paranaguá (PR), com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.