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12/Nov/2025

Preços do algodão em baixa no mercado doméstico

As exportações brasileiras de algodão seguem ganhando ritmo. Em outubro, o volume embarcado foi o maior para o mês e o segundo mais elevado de 2025 (abaixo apenas do de janeiro). As vendas externas são favorecidas pelos avanços do beneficiamento e do escoamento do amplo excedente interno e pelo preço mais atrativo que o praticado no spot nacional. Na parcial de 2025 (até a primeira semana de novembro), a quantidade exportada pelo Brasil (de 2,326 milhões de toneladas) já está acima do volume escoado nos 12 meses de anos anteriores, com exceção de 2024, quando chegou em 2,77 milhões de toneladas embarcadas. No entanto, considerando-se o ritmo das exportações nacionais de novembro, é muito provável que o volume total a ser escoado em 2025 supere o do ano passado, se configurando como um novo recorde anual.

Em outubro, os embarques somaram 293,93 mil toneladas, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), com crescimentos de 64,4% no comparativo mensal e de 4,6% no anual. Os principais destinos da pluma brasileira foram China (23,1% do total), Índia (23%), Bangladesh (14,3%), Vietnã (12,4%), Paquistão (7,9%), Turquia (7,8%) e Indonésia (4,7%). Outros 10 destinos representaram 6,9% das exportações. A pluma exportada foi negociada, em média, a 73,60 centavos de dólar por libra-peso em outubro, com leve retração de 0,16% em relação ao mês anterior, mas queda de 9,38% em relação a outubro/2024. Em moeda nacional, o valor médio recebido foi de R$ 3,96 por libra-peso, 12,71% acima do praticado no mercado interno (R$ 3,51 por libra-peso), a maior vantagem desde dezembro/2024, quando o valor da exportação superou a cotação doméstica em 17%.

Nos últimos 12 meses, as exportações somam 2,82 milhões de toneladas, das quais 2,17 milhões foram embarcadas em 2025 (de janeiro a outubro), totalizando 550,2 mil toneladas nos últimos três meses. Vale destacar que, na primeira semana de novembro, as exportações somaram 154,85 mil toneladas. Com a média diária de embarque em 30,97 mil toneladas, as exportações de novembro podem chegar a 600 mil toneladas, o que seria um recorde mensal da série histórica da Secex. No mercado interno, o desacordo, ora quanto ao preço, ora quanto à qualidade dos lotes disponíveis, tem limitado a liquidez. Inclusive, essa situação chegou a trazer estabilidade à cotação em alguns momentos neste início de novembro. No entanto, os preços da fibra estão enfraquecidos diante dos menores valores internacionais e da paridade de exportação.

Os compradores seguem com aquisições para atender à necessidade imediata e/ou repor o estoque, mas outra parcela busca garantir a matéria-prima para entrega nos próximos meses ou até mesmo para a temporada 2025/2026. O Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registra recuo de 2,01% nos últimos sete dias, cotado a R$ 3,42 por libra-peso. Neste início de novembro, o Indicador acumula queda, de 1,8%. A paridade de exportação (FAS) é de R$ 3,48 por libra-peso (65,74 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Santos (SP) e de R$ 3,49 por libra-peso (65,94 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Paranaguá (PR), com base Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente. Na Bolsa de Nova York, o vencimento Dezembro/2025 registra recuo de 2,09% nos últimos sete dias, para 64,31 centavos de dólar por libra-peso; Março/2026, tem queda de 1,66%, para 65,77 centavos de dólar por libra-peso; Maio/2026, baixa de 1,62%, para 66,92 centavos de dólar por libra-peso; e Julho/2026, -1,74%, para 67,93 centavos de dólar por libra-peso. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.