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10/Dec/2025

Preços internos estáveis e baixa liquidez no mercado

Com amplo excedente interno, as exportações de algodão em pluma seguem firmes e devem alcançar uma nova marca histórica. Em termos anuais, o recorde até o momento foi registrado em 2024, de 2,77 milhões de toneladas, mas, quando se considera o volume acumulado a cada 12 meses, a maior quantidade foi verificada de março/2024 a fevereiro/2025, período em que os embarques somaram 2,96 milhões de toneladas, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Nos últimos três meses, os volumes direcionados à China contribuíram para o crescimento das exportações, que, em novembro, alcançaram a segunda maior quantidade mensal de 2025. O ritmo de embarque da primeira semana de dezembro está em 21,54 mil toneladas diárias, contra 21,18 mil toneladas registradas em novembro/2025 e 16,8 mil toneladas em dezembro/2024.

Em novembro, os envios somaram 402,5 mil toneladas, o maior volume para o período, além de superar em 36,9% o de outubro/2025 e em 34,4% o de novembro/2024. Em 2025, os embarques acumulam 2,57 milhões de toneladas, ficando apenas 200,85 mil toneladas abaixo do recorde de 2024. Na parcial da safra 2025/2026 (entre agosto/2025 e novembro/2025), foram exportadas 952,65 mil toneladas, acima das 861,8 mil toneladas exportadas entre agosto/2024 e novembro/2024. Em novembro, 26,2% da pluma embarcada foi para a China; 20,5%, para a Índia; 14%, para a Bangladesh; 10,3%, para o Paquistão; 9,3%, para a Turquia; 8,7%, para o Vietnã; e 11% foram para outros 14 destinos. Apesar do crescimento dos embarques brasileiros para os diferentes destinos, chama a atenção que o volume direcionado à China na parcial de 2025 está 60,5% inferior ao de todo o ano de 2024.

Para o Vietnã, as vendas seguem 30,1% abaixo das do ano passado. Os preços do algodão em pluma estão oscilando neste início de dezembro no mercado interno, mas, no balanço dos últimos sete dias, se mantêm estáveis. Os momentos de baixa são influenciados pela necessidade de alguns vendedores de captar recursos e/ou de liquidar certos lotes. Por outro lado, os momentos de alta estão atrelados à firmeza de vendedores, especialmente aqueles capitalizados e/ou com lotes de qualidade superior. Do lado comprador, as indústrias se preparam para o recesso de fim de ano e realizam aquisições pontuais. As preocupações logísticas também entram no radar dos agentes neste período, o que reforça a lentidão dos negócios. Além de cumprir contratos a termo, os players têm realizado novas programações, sobretudo para o primeiro semestre de 2026. O Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias se mantém praticamente estável (+0,03%) nos últimos sete dias, a R$ 3,46 por libra-peso. No acumulado de dezembro, o Indicador registra baixa de 0,3%.

A paridade de exportação (FAS) é de R$ 3,48 por libra-peso (64,31 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Santos (SP) e de R$ 3,49 por libra-peso (64,51 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Paranaguá (PR), com base no Índice Cotlook, referente à pluma posta no Extremo Oriente. Na Bolsa de Nova York, os primeiros vencimentos são pressionados pela desvalorização do petróleo e pelo enfraquecimento das vendas da fibra norte-americana. Assim, nos últimos sete dias, o vencimento Dezembro/2025 registra recuo de 1,51%, para 61,88 centavos de dólar por libra-peso; o Março/2026 tem baixa de 1,47%, para 63,68 centavos de dólar por libra-peso; Maio/2026 registra baixa de 1,55%, para 64,76 centavos de dólar por libra-peso; e Julho/2026, -1,51%, para 65,80 centavos de dólar por libra-peso. Vale considerar que o contrato de Dezembro/2025 se encerrou na segunda-feira (08/12). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.