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16/Dec/2025

MT: estimativa para safra de algodão 2025/2026

Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a área cultivada com algodão em Mato Grosso deve cair 7,28% na safra 2025/2026, para 1,43 milhão de hectares, interrompendo um ciclo de expansão iniciado em 2020/2021. A combinação entre preços deprimidos e custos de produção elevados como principal fator de desestímulo ao plantio, em um ambiente ainda marcado por incertezas operacionais. A projeção para a próxima temporada permanece condicionada ao andamento da safra de soja e ao ritmo da colheita, fatores que influenciam diretamente a janela de semeadura do algodão de 2ª safra. Com produtividade estimada em 290,74 arrobas por hectare, a produção de pluma foi projetada em 2,58 milhões de toneladas, queda de 14,48% em relação ao ciclo anterior. O principal ponto de atenção para 2025/2026 está na rentabilidade da cultura.

A combinação de custos mais altos, os preços baixos e comercialização mais lenta deve permear o próximo ano, visto que ainda não há fatores que levem à valorização da pluma no mercado. Na safra 2024/2025, Mato Grosso alcançou novo recorde na produção de algodão. Mesmo com atraso inicial na semeadura, o Estado registrou a maior área da série histórica, de 1,55 milhão de hectares, alta de 5,82% em relação à temporada 2023/2024. As condições climáticas favoráveis, especialmente nas áreas de segunda safra, elevaram a produtividade média para 315,12 arrobas por hectare, resultando em produção de 3,01 milhões de toneladas de pluma. Ao longo de 2025, as cotações do algodão perderam força, pressionadas pela maior oferta e pelo crescimento dos estoques. O preço médio da pluma em Mato Grosso encerrou o ano praticamente estável, com leve queda de 0,20%, a R$ 125,18 por arroba.

Na Bolsa de Nova York, o contrato dezembro acumulou desvalorização média anual de 10,56%, para 67,29 centavos de dólar por libra-peso. Apesar do ambiente de preços desfavorável, o Brasil manteve-se como o maior exportador mundial de algodão pelo segundo ano consecutivo. Até novembro, as exportações de Mato Grosso somaram 1,62 milhão de toneladas, crescimento de 4,91% em relação ao mesmo período de 2024. No mercado de coprodutos, o caroço de algodão registrou valorização expressiva de 74,95% no comparativo anual, sustentada pela maior demanda das usinas de biodiesel, com preço médio de R$ 1.184,98 por tonelada. O óleo de algodão também apresentou alta relevante, de 34,97%, encerrando o ano cotado a R$ 5.572,70 por tonelada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.