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11/Mai/2023

Camil Alimentos: foco é em impulsionar as vendas

Em um contexto macroeconômico desafiador, com economia ainda em recuperação e menor poder aquisitivo dos consumidores, a Camil Alimentos vai focar na eficiência das suas operações atuais e em impulsionar as vendas no ano fiscal de 2023, iniciado em março deste ano. Após as aquisições de 2022, o foco será em eficiência e alavancar operações. A empresa tem buscado redução de despesas. Nos últimos 18 meses, a companhia fez uma série de aquisições, entrando ao longo de 2022 em quatro categorias novas e em um país novo: o Equador. A Camil entrou em categorias de melhor rentabilidade e adequadas à diversificação do negócio. Entre as despesas a serem revistas, ressalta-se que a questão logística é importante, em relação a escalas e à distribuição de frota e de centros de distribuição. O custo do frete subiu muito.

A companhia vai trabalhar para retomar a margem histórica de rentabilidade de 10% nas categorias de alto giro (arroz, feijão e açúcar) e buscar rentabilidade superior nas categorias de alto valor (pescados, massas, café, biscoitos e cookies). Há companhias que atuam nesses segmentos com margens de 12% a 13%. A Camil buscará margem acima da média histórica da companhia, de 10%, nas categorias de alto valor. A empresa encerrou o ano fiscal de 2022 com margem Ebitda de 9%. Sobre os segmentos de alto giro, o setor de pescados se recuperou da ruptura na cadeia de sardinhas observada em 2021 e apresentou melhora na rentabilidade. Na divisão de café, a qual entrou em abril de 2022, a empresa vê crescimento mensal e ganho de participação de mercado.

Hoje, a Camil tem market share de 5% na região da Grande São Paulo e Rio de Janeiro, onde a marca atua, e entrou com embalagens menores. No mercado de massas, a Camil viu redução do volume de vendas com reajuste de preços no ano passado, mas apresentou melhora na rentabilidade. Mesmo com menor volume, foi possível dobrar a margem Ebitda de massas em apenas um ano. A atuação teve excelente rentabilidade no ano, mesmo em contexto global difícil de aquisição de trigo. No segmento de biscoitos, a empresa atingiu o "breakeven" (equilíbrio na operação) em fevereiro deste ano. Ingressou com margem Ebitda negativa e agora quer dar escala e rentabilidade. A expectativa é de que, ao longo do próximo trimestre, chegar em um patamar positivo de rentabilidade. O setor reforça a presença na Região Sudeste e entrada na Região Nordeste. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.