06/Jul/2020
Na safra 2019/2020, o Rio Grande do Sul registrou a maior produtividade da história na produção de arroz. O rendimento médio alcançou 8.402 quilos por hectare, um recorde segundo dados do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga). O melhor resultado até então havia sido na safra de 2017/2018, com 7.917 quilos por hectare. Neste ano, a produção do Estado foi de 7,84 milhões de toneladas. O protagonista desta superação é o produtor que, mesmo em meio a uma pandemia, esteve no campo nos últimos meses pensando no manejo e na utilização dos insumos ideais para contribuir com a chegada do produto final. Os produtores se profissionalizam a cada ano e evoluem em diferentes áreas, um dos motivos para o resultado positivo.
Mesmo com muita dificuldade de comercialização e alto custo de produção, a lavoura se modernizou e vem entregando um alimento de qualidade para o Brasil e para o mundo. Além do aperfeiçoamento por parte dos produtores, a boa oferta de luminosidade deste ano e o avanço da genética foram fatores importantes para o recorde de produtividade. A cultivar IRGA 424 RI, espécie de planta melhorada geneticamente, ocupa 49,6% das lavouras de arroz do Estado. Neste ano, foram 934,54 mil hectares semeados e 933,16 mil colhidos, registrando 1.372 hectares perdidos por causas naturais. Todo este processo que o consumidor acaba desconhecendo inicia com o produtor, em setembro, quando é preparado o solo e o começo da semeadura do arroz. Depois, o agricultor trabalha nos tratos culturais, com a fertilização, o controle de invasores e pragas e a irrigação.
No final de fevereiro, o arroz já está pronto para ser colhido e é negociado com a indústria, onde acontece a secagem e o beneficiamento do alimento, até que, enfim, possa chegar ao comércio. Essa cadeia produtiva do arroz gera cerca de 50 mil empregos diretos no Estado, e é considerada um grande motor para a economia. O Rio Grande do Sul é responsável por mais de 70% da produção de arroz no País, tendo as regiões oeste e sul como protagonistas. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o mundo produz atualmente cerca de 2,5 bilhões de toneladas de grãos. Embora haja volume na produção, um relatório realizado pelo Conselho Internacional de Grãos (IGC) observou que o consumo de arroz em 2019/2020 deverá diminuir para 38 milhões de toneladas, à medida que os consumidores continuam a mudar para produtos à base de farinha de trigo.
Levando em conta os aspectos nutricionais, o Irga desenvolve desde 2015, o Programa de Valorização do Arroz (Provarroz), cujo objetivo é aumentar o consumo de arroz, através da conscientização da população sobre os benefícios do alimento para a saúde. As principais iniciativas do programa acontecem por meio de palestras em eventos técnicos, universidades, escolas e oficinas para merendeiras de escolas em todo o Estado. Recomendado por médicos e nutricionistas como um integrante essencial para uma dieta balanceada, o arroz é conhecido como excelente fonte de proteínas e energia, além de ser rico em vitaminas, sais minerais e fibras. Fonte: Zero Hora. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.