07/Ago/2020
As exportações de arroz devem atingir um recorde no ano-safra 2019/2020, superando 2 milhões de toneladas (base casca) e ultrapassando com folga o recorde anterior, registrado em 2010/2011, quando o Brasil exportou 2,09 milhões de toneladas (base casca). A pandemia da Covid-19, que elevou a demanda interna de arroz e também influenciou na alta das cotações internacionais, juntamente com a forte escalada do dólar no Brasil, levou o preço do arroz em casca ao recorde nominal de R$ 70,25 por saco de 50 Kg FOB produtor do Rio Grande do Sul, acumulando uma alta nominal de expressivos 62,6% nos últimos 12 meses.
O elevado patamar do dólar também segue inibindo as importações de arroz. No acumulado do ano-safra 2019/2020 (março a julho de 2020), as importações brasileiras de arroz atingiram 355.772 toneladas (base casca), 22% abaixo do mesmo período do ano-safra anterior. No mesmo período (março a julho), as exportações brasileiras de arroz atingiram expressivas 1.097.509 toneladas (base casca), 97% acima do mesmo período do ano-safra anterior.
Com exportações acumuladas de 1.097.509 toneladas (base casca) e importações de 355.772 toneladas (base casca), a balança comercial do arroz nos cinco primeiros meses deste ano-safra 2019/2020 é superavitária em 741,7 mil toneladas (base casca). Considerando o ano civil, entre janeiro e julho de 2020, o Brasil já exportou 1,251 milhão de toneladas (base casca), 60% acima do mesmo período de 2019. Portanto, tudo indica que o País deverá embarcar um volume muito superior ao recorde de 2,09 milhões de toneladas, registrado na temporada 2010/2011.
Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.