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21/Ago/2020

Indústrias de arroz pleiteiam o zeramento da TEC

A indústria beneficiadora de arroz quer que o governo isente a importação do produto de fora do Mercosul da Tarifa Externa Comum (TEC), hoje em 12%. As empresas do segmento alegam que a oferta interna está escassa e que os preços pedidos pelos agricultores estão elevados demais. A Associação Brasileira das Indústrias de Arroz (Abiarroz) já encaminhou o pleito à Câmara Setorial do Arroz, que o repassou à ministra da Agricultura Tereza Cristina. Em vez de enviar inicialmente o pedido ao Ministério da Economia, que procuraria a Agricultura, a entidade preferiu que primeiro a ministra ouvisse a demanda, segundo Andressa Silva, diretora-executiva da Abiarroz. A entidade reivindica que a isenção da TEC dure até fevereiro de 2021, quando começará a nova colheita do cereal no Brasil.

A ideia é facilitar a importação de entre 200 mil e 300 mil toneladas. Segundo a Abiarroz, o consumo nacional é de 616 mil toneladas por mês, e só haverá um volume médio mensal disponível no país de 528 mil toneladas. Ainda não faltou arroz no mercado, mas a situação é preocupante, segundo a entidade. A executiva alega que os produtores estão segurando as vendas desde que notaram um aumento da demanda em meio à pandemia da Covid-19. E as exportações de arroz em casca também estão aquecidas, porque os preços internacionais estão igualmente atraentes. A entidade afirma que entende que é verdade que os produtores tiveram prejuízo em sete das últimas dez safras, mas agora não adianta segurar o produto ou exportar arroz sem valor agregado, em casca.

Segundo a executiva, a situação é tal no mercado que não há valor de referência para as negociações. A Abiarroz alega, em seu pedido para que a TEC seja zerada temporariamente, que os países fornecedores de arroz do Mercosul tiveram safras menores e também estão aproveitando os preços internacionais em alta para exportar à Ásia e a outras regiões. A indústria sustenta, ainda, que foi muito difícil conquistar mercados no exterior para o arroz beneficiado brasileiro, e que agora está perdendo esses clientes. Há relatos de empresas que não estão conseguindo atender pedidos internacionais porque estão dando prioridade ao abastecimento interno, segundo Andressa, que reitera que é menos interessante para o país embarcar arroz em casca. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.