14/Jun/2021
Em maio, os preços mundiais do arroz tiveram tendências mistas, dependendo da origem. Nos Estados Unidos, os preços subiram 7% em maio. Por outro lado, os preços tailandeses e indianos diminuíram, mas dentro de um mercado externo bastante ativo. No Vietnã e no Paquistão, os preços permaneceram relativamente firmes, com alta de 1% em maio. Na Índia, os preços do arroz caíram de 2% a 3% como resultado de uma desvalorização da rupia em relação ao dólar. As vendas externas estão progredindo a um bom ritmo graças às amplas disponibilidades e preços extremamente competitivos. Em 2021, as exportações indianas poderiam exceder um volume recorde de 16 milhões de toneladas, um aumento de 10% em relação a 2020. A demanda africana continua ativa, especialmente nas regiões ocidentais. As vendas para o continente africano respondem por 60% das exportações indianas. Em maio, o arroz indiano 5% quebrados atingiu US$ 393 a tonelada FOB em maio, contra US$ 405 em abril. Em junho, os preços estão estáveis.
Na Tailândia, os preços diminuíram 3% em maio, em um mercado bastante ativo. Em maio, as exportações tailandesas ultrapassaram 450.000 toneladas, contra 327.000 toneladas no mês anterior. No entanto, estão 25% abaixo do mesmo período do ano passado e podem chegar a menos de 6 milhões de toneladas em 2021, o nível mais baixo em vinte anos. Em maio, o preço do arroz Thai 100%B atingiu US$ 470 contra US$ 485 em abril. O arroz parboilizado também caiu para US$ 469 em maio, contra US$ 478 em abril. Em junho, os preços estão recuando, por causa da fraca demanda de importação. No Vietnã, os preços de exportação subiram 1%, com a demanda mais ativa, especialmente das Filipinas, seu principal cliente, que responde por mais de 35% das exportações vietnamitas. Entretanto, devido à concorrência indiana, as exportações vietnamitas atingiram 570.000 toneladas em maio, contra 785.000 toneladas em abril.
Assim, estão 10% abaixo do mesmo período do ano passado. Em maio, o arroz vietnamita 5% atingiu US$ 493 contra US$ 489 em abril. Em junho, os preços estão em tendência de baixa. No Paquistão, os preços do arroz estiveram relativamente firmes em um mercado pouco ativo. Os exportadores mantem as ofertas estáveis para segurar disponibilidades até a chegada da nova safra a partir de setembro. As exportações paquistanesas continuam 15% abaixo do mesmo período de 2020. Em maio, o Pak foi negociado a US$ 380, contra US$ 378 em abril. Em junho, os preços tendem a recuar como resultado da concorrência indiana e até chinesa em alguns mercados da África Oriental. Na China, as autoridades pretendem reforçar a segurança alimentar. Portanto, apesar das boas perspectivas da safra de arroz em 2021, graças aos preços mais atrativos para os produtores, a demanda de importação deverá crescer, enquanto as exportações permanecerão estáveis.
Nos Estados Unidos, os preços do arroz subiram 7% em maio, como resultado das baixas disponibilidades exportáveis nesta época do ano, dois meses antes do início da nova colheita. Em maio, as exportações atingiram apenas 245.000 toneladas, contra 338.000 toneladas em abril, mostrando um recuo de 7% em comparação com o mesmo período do ano passado. Em maio, o preço indicativo do arroz Long Grain 2/4 marcou US$ 620, contra US$ 581 em abril. Em junho, o preço permanece firme. Na Bolsa de Chicago, os preços futuros do arroz em casca subiram 3% para US$ 301 a tonelada, contra US$ 292 em abril. Em junho, os preços recuaram para US$ 293. No Mercosul, os preços de exportação caíram 2% em um mercado pouco ativo. As colheitas terminaram e esperam-se que sejam boas, especialmente no Brasil e no Uruguai. Fonte: Informativo Mercado Mundial CIRAD Junho/2021. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.