24/Jun/2021

Segundo a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), a alta no custo de produção de arroz preocupa os agricultores do Estado. Por isso, a entidade recomenda a redução da área plantada e investimento em rotação de culturas com soja, milho e a pecuária. Com base em cálculos do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), o custo na safra 2020/2021 ficou em R$ 72,73 por saco de 50 Kg e, por hectare, em R$ 11.560,00, considerando-se uma produtividade média de 7.950 quilos por hectare.

Assim, para garantir rentabilidade, o produtor precisou colher 159,05 sacos de 50 Kg por hectare. Na safra 2021/2022, que se inicia oficialmente em 1º de julho, pelos cálculos do Irga o produtor teria de colher pelo menos 170 sacos de 50 Kg por hectare para cobrir as despesas. O ponto de equilíbrio, de 160 sacos de 50 Kg por hectare para cobrir custos, será rompido.

Isso preocupa e traz a obrigação de racionalizar áreas com arroz e de buscar alternativas na rotação de culturas, como, além da soja, a pecuária e o milho. Outra preocupação é com o déficit hídrico para a próxima safra. Possivelmente não haverá água suficiente para plantar a mesma área. Por isso, a orientação é racionalizar as áreas e diminuir as lavouras de arroz para ajustar a oferta e, consequentemente, ter ao menos preços que cubram os custos de produção. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.