ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

06/Jul/2021

Uruguai define o preço do arroz para 2020/2021

A Assembleia Extraordinária da Associação dos Produtores de Arroz (ACA) aprovou o pré-acordo que os produtores tinham com a indústria do arroz e o preço provisório para a safra 2020/2021 será de US$ 12,30 por saco de 50 Kg de arroz em casca, limpo e seco. Esse será o valor creditado pelas indústrias nas contas dos produtores a partir de 30 de junho. Por sua vez, há US$ 0,20 por saco de 50 Kg para reembolso de impostos, mas o mesmo valor é descontado para o Fundo do Arroz, então o preço líquido é de US $ 12,30 por saco de 50 Kg. No caso da variedade Tacuarí, o preço provisório é de US$ 13,30 por saco de 50 Kg. Hoje já está vendido 40% do arroz produzido na safra, mas quando chega a 75%, há um gatilho que pode estar gerando maiores créditos para o produtor. O gatilho entra em vigor desde que a receita do arroz em casca tenha valor equivalente a US$ 387,00 por tonelada.

Em relação aos negócios e ao mercado, há uma certa desaceleração. O último negócio feito pela indústria arrozeira uruguaia foi com 60 mil toneladas com destino ao Iraque. Da mesma forma, o mercado da União Europeia é bastante fluido, mas quando as vendas são feitas, os volumes são menores. Há uma certa cautela. A avaliação é que, à medida que as situações de saúde se estabilizam em todo o mundo, esta influência que ocorria no mercado devido à Covid-19, tem diminuído. A pandemia ajudou à comercialização de arroz, pois tirou do mercado fortes fornecedores globais, que visavam garantir sua segurança alimentar. Isso deixou espaço para outros produtores, como o Uruguai, que puderam aproveitar o momento e valorizar seu grão.

Segundo o Gremial de Molinos Arroceros, a esta altura do ano passado, as vendas atingiam 105.717 toneladas de arroz em casca ao Panamá a uma média de US$ 313,00 por tonelada. Este ano, apenas 29.312 toneladas foram exportadas ao México, com uma média de US$ 355,00 por tonelada. O Panamá, que foi o principal mercado para o produto uruguaio no primeiro trimestre do ano passado, este ano nem aparece no Top 8. Além dessa desaceleração, o mais importante para os produtores é o cenário de bons patamares de preços, pois ainda há interesse, embora não com a demanda e o fluxo do primeiro semestre. Para a indústria, as principais preocupações continuam sendo o preço do frete e a queda dos preços do arroz em casca no Brasil, o que torna este produtor muito mais competitivo para exportar. Fonte: Rurales El País. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.