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17/Jul/2023

Camil vê reforma tributária positiva para o arroz

A Camil Alimentos, uma das maiores indústrias de arroz, feijão e açúcar do País, vê a reforma tributária aprovada na Câmara dos Deputados como positiva para o setor. O principal ponto favorável é a desoneração de impostos sobre os alimentos da cesta básica, segundo o diretor financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Flávio Vargas. Ele acredita que, para a companhia, o viés da reforma é positivo porque as principais categorias - feijão, arroz e massas - devem entrar na cesta básica com isenção de impostos. Do ponto de vista econômico, isso traz benefícios porque em base relativa esses alimentos tendem a ficar mais baratos que outros, o que gera estímulo para demanda maior para estes alimentos.

A companhia atua também em café, massas, pescados e biscoitos - produtos também considerados como básicos. Outro impacto positivo apontado por Vargas é a maior competitividade para as empresas organizadas. Se existe alguma informalidade no mercado, quanto menor a alíquota, menor a vantagem para quem é informal e, com isso, traz maior competitividade para as empresas organizadas. Para Vargas, a mudança do modelo tributário federativo com fim de alguns regimes de benefícios fiscais aplicados a Estados e regiões pode exigir alterações na distribuição fabril da companhia. As mudanças, contudo, deverão ocorrer apenas com a vigência da reforma, a partir de 2032. Ainda há dúvidas em relação ao local ideal para operar cada categoria em relação à originação, ao mercado.

Algumas plantas que operam hoje fazem sentido por conta do benefício tributário e tendo tributação mais isonômica devem deixar de fazer sentido e tendem a se transformar em centros de distribuição. A empresa está refletindo e ainda tem dez anos para discutir como será feito. A operação não depende tanto dessas plantas em locais incentivados, o que traz impacto menor que o visto por outras empresas. Em relação ao arroz, principal produto da empresa, ele acredita que o Rio Grande do Sul, que concentra a produção nacional do grão, deve virar referência de preço e de distribuição do cereal no País. Como tem posição muito relevante industrial e com capacidade de originação e distribuição, isso ajuda também. Ainda vai demorar um pouco para ver os impactos que possam afetar o dia a dia, mas, como regra geral, olhando para o contexto do Brasil, a reforma é boa, segundo ele. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.