15/Jan/2024

A Camil Alimentos, multinacional de origem brasileira, obteve lucro líquido de R$ 143 milhões no terceiro trimestre fiscal deste ano, encerrado em novembro, informou a empresa nesta quinta-feira. O resultado representa queda de 2,8% ante igual período do ano passado, quando a companhia registrou lucro de R$ 147,1 milhões. O lucro por ação atingiu R$ 0,41 no terceiro trimestre. A companhia atua em arroz, feijão, café, açúcar, massas, pescados e biscoitos. A receita líquida aumentou 15,5%, de R$ 2,600 bilhões para R$ 3,004 bilhões no terceiro trimestre fiscal de 2023 - resultado recorde para o período. No segmento alimentício Brasil, a receita aumentou 14,2%, para R$ 2,150 bilhões. O segmento alimentício internacional obteve receita líquida 18,9% maior, de R$ 853,9 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 19,5% na mesma comparação, de R$ 309,8 milhões para R$ 249,3 milhões. A margem Ebitda cedeu 3,6% do terceiro trimestre fiscal de 2022 para o terceiro trimestre fiscal deste ano, encerrando o período em 8,3%.

A alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) terminou o terceiro trimestre fiscal de 2023 em 4,3 vezes ante 2,8 vezes de igual período do ano fiscal anterior. No período, a companhia investiu (Capex) R$ 79,7 milhões, 65,5% menos que no terceiro trimestre fiscal de 2022. No comunicado divulgado aos investidores, a Camil destacou que a receita foi recorde no período. No cenário de alto giro no Brasil, composto por grãos e açúcar, o resultado foi impulsionado principalmente pelo aumento nos preços do arroz durante o período, assim como pelo crescimento no volume de açúcar, resultante da continuidade das operações de exportação iniciadas no trimestre anterior. Essa iniciativa é fruto de uma estratégia da Companhia para mitigar os efeitos de um ambiente competitivo desafiador e de menor rentabilidade para a categoria de açúcar a curto prazo. Em relação ao segmento de alto valor, formado por massas, biscoitos, café e pescados, a boa rentabilidade em massas continua e que a empresa mantém o projeto de expansão da capacidade produtiva na planta para o corrente ano.

Em relação ao café, foi concluída a expansão da capacidade e a empresa continua a estratégia de crescimento das vendas da marca União, alcançando acima de 4% de participação de mercado nas regiões de São Paulo e Rio de Janeiro. Quanto à Mabel, no segmento de biscoitos, segue o plano de aprimoramento da rentabilidade e das vendas. A Camil comercializou no terceiro trimestre fiscal de 2023 volume total de produtos 11,7% superior ao vendido em igual período do ano passado. Foram 579,7 mil toneladas contra 519,1 mil toneladas do terceiro trimestre fiscal de 2022. O terceiro trimestre fiscal da companhia foi encerrado em novembro do ano passado. A alta foi puxada sobretudo pelo aumento de 30,5% no volume comercializado no segmento internacional, de 179,1 mil toneladas. No Brasil, o volume comercializado pela empresa aumentou 4,9% na comparação anual do terceiro trimestre, para 400,6 mil toneladas. No Brasil, que representou 69% do volume comercializado pela Camil, o volume de vendas do segmento de alto giro (90% do total), formado por arroz, feijão e açúcar, foi 3% maior, para 359,7 mil toneladas.

O volume vendido na divisão de alto valor (10% do total), formado por pescados, massas, café e biscoitos, aumentou 24,8%, para 40,9 mil toneladas. O preço líquido do segmento de alto giro no Brasil avançou 17%, para R$ 4,23 por kg, enquanto o preço líquido médio do segmento de alto valor caiu 4,4%, para R$ 12,66 por Kg. O aumento dos preços do arroz e o maior volume vendido de açúcar impulsionaram os resultados do segmento de alto giro no mercado doméstico. No mercado internacional, que representou 31% do total comercializado pela companhia no trimestre, apesar do aumento de 30,5% no volume, houve queda de 0,4% no preço líquido, para R$ 5,40 por Kg ao fim do terceiro trimestre de 2023. Foi registrado um aumento nos volumes em comparação anual, impulsionado pelo crescimento no Uruguai devido aos níveis mais elevados de exportação no país. Apesar de enfrentarmos desafios nas operações no Peru, decorrentes do cenário político e econômico que impactou as operações nos últimos trimestres, observa-se melhorias no Chile e Equador, o que parcialmente compensou esses efeitos.

Os resultados obtidos pela Camil Alimentos no terceiro trimestre fiscal de 2023, encerrado em novembro, foram positivos e apresentaram um crescimento sequencial da companhia, disse o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa. Na comparação anual do terceiro trimestre, houve crescimento no volume de todas as categorias: alto giro, alto valor e internacional. A receita foi recorde em R$ 3,004 bilhões, o Ebitda (+17,4%) e o lucro líquido (+205,1%) cresceram contra o trimestre anterior. A companhia atua em arroz, feijão, café, açúcar, massas, biscoitos e pescados. No período, a companhia obteve lucro líquido de R$ 143 milhões, queda de 2,8% ante igual período do ano passado. O lucro líquido apresentou um incremento relevante contra o segundo trimestre e ficou ligeiramente inferior ao do terceiro trimestre do ano passado, em virtude de uma questão fiscal que ajudou o resultado do lucro no terceiro trimestre de 2022, com o reconhecimento de uma parcela remanescente de subvenção de custeio. A receita líquida da Camil aumentou 15,5%, para R$ 3,004 bilhões, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 19,5% na mesma base comparativa.

A receita teve ajuda principalmente do segmento de arroz, cujos preços começaram a subir a partir de setembro, mas ainda não refletindo o aumento visto desde novembro. O Ebitda foi levemente abaixo na comparação anual do terceiro trimestre, em virtude da aquisição da Mabel, mas superior ante o trimestre anterior. Foi um trimestre com redução de custos e revisão de despesas de vendas, gerais e administrativas (S&G&A). A companhia ainda está "aprendendo" a operar nas categorias de alto valor (pescados, café, massas e biscoitos). Ainda está aprendendo a como vender esses produtos de maneira integrada, como deve posicionar esses produtos nas gôndolas, porque é uma dinâmica diferente do segmento de alto giro. O resultado ainda não está na expectativa, do ponto de vista de objetivo, mas dentro de melhorias. No terceiro trimestre do ano fiscal de 2023, o preço líquido do segmento de alto giro no Brasil avançou 17%, para R$ 4,23 por Kg, enquanto o preço líquido médio do segmento de alto valor caiu 4,4%, para R$ 12,66 por Kg. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.