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09/May/2024

MP para que a Conab importe 1 milhão de t de arroz

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, afirmou que o governo federal preparou uma Medida Provisória (MP) para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) importar 1 milhão de toneladas de arroz diante das chuvas no Rio Grande do Sul. De acordo com o ministro, o arroz importado será pronto para o consumo para evitar impacto ao produtor rural. A importação do produto é para evitar especulação. Inicialmente, a ideia do governo é comprar 200 mil toneladas de arroz beneficiado e empacotado. O primeiro momento é evitar desabastecimento e especulação. Não é para concorrer com os produtores. O governo não está fazendo nada excepcional: é trazer, abrir uma medida provisória para comprar 1 milhão de toneladas.

A ideia é fazer com que a Conab cumpra seu papel para dar estabilidade e evitar especulação. A medida, contudo, só será possível após a aprovação do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) enviado pelo governo federal ao Congresso, que prevê recursos para ajudar na recuperação do Rio Grande do Sul em meio aos estragos ocasionados pelas chuvas. O ministro sinalizou que, havendo estabilidade nos preços do cereal, a importação pode ser suspensa. Fávaro afirmou que a ideia é evitar uma alta exacerbada no preço do arroz. Agilizando a importação, não tem esse estágio. Por isso que já é arroz descascado e empacotado.

Segundo o ministro, muito provavelmente o primeiro leilão de 200 mil toneladas será competitivo para o próprio Mercosul. Está mais perto, tem teto de preço, não tem imposto. Então, muito provavelmente, Argentina, Uruguai e Paraguai, talvez alguma coisa da Bolívia. O ministro comentou que mais de 70% da safra de arroz já foi colhida, mas pontuou que haverá perdas nos armazéns que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a estrutura logística: tirar do Rio Grande do Sul e levar aos centros consumidores. De acordo com ele, os produtores do Estado têm arroz para suprir abastecimento, mas há dificuldade logística. Fávaro calcula que a expectativa é de que cerca de 1,6 milhão de toneladas de arroz ainda estejam nas lavouras do Rio Grande do Sul.

Em função de ainda não haver como estimar os impactos da calamidade no Rio Grande do Sul, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou que ainda não é possível ter os números referentes à safra de arroz, cultivo majoritariamente produzido no Estado. A atenção ao problema está sendo dada pelo Ministério da Agricultura, que já trata da importação do produto com o objetivo de evitar um aumento demasiado dos preços no mercado doméstico. Haddad salientou que, antes da tragédia, os preços, que tinham aumentado, já estavam caindo justamente por causa da safra colhida. Este é um problema que tem de ser solucionado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.