13/Jun/2024
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quarta-feira (12/06), que o governo ainda não tem data para um novo leilão de arroz, mas que ocorrerá em breve, provavelmente em menos de um mês. Segundo ele, o governo federal não tinha acesso aos inscritos no leilão anterior, mas que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) se encarregará do controle dessas candidaturas no próximo certame. Segundo ele, a prerrogativa dada no edital de que a bolsa cadastre os possíveis interessados causa ao governo e ao mercado uma surpresa de saber quem operou só depois que o leilão foi feito.
"Eu não tenho compromisso com erro. Resolvemos que era melhor cancelar o leilão. Houve bons players que participaram, outros a gente tem dúvida da sua capacidade de cumprir aquilo que arrematou. Mas agora em um novo processo a Conab vai trazer para si este cadastro, a habilitação dos players, para que a gente possa então ter um leilão mais eficiente, com mais efetividade para chegar e cumprir o papel de não deixar faltar arroz à população brasileira com um preço equilibrado e dentro do mercado", disse Fávaro. Segundo o ministro, a produção nacional de arroz é ajustada ao consumo doméstico. Uma vez que a safra estava no fim da colheita quando ocorreu a tragédia no Rio Grande do Sul, e não em período de entressafra, não havia justificativa para um salto de preços nesse momento do ano.
Segundo ele, houve um aumento de preços no arroz entre 30% e 40%, com a safra colhida, após a tragédia no Estado, o que seria fruto de especulação. "O governo não tem compromisso com o erro. É fato que estamos diante de um momento excepcional. Reconhecemos que a safra brasileira é mais ou menos suficiente com a demanda brasileira. Portanto, não faz sentido nenhum, que, ao final da safra, num momento que os estoques estão postos, ter aumento de preço exacerbados como tivemos", criticou Fávaro.
Em meio à polêmica sobre o leilão de arroz, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, foi exonerado do cargo, e Fávaro disse ainda não ter o nome de seu substituto, mas nomeou um técnico de carreira como secretário adjunto, Wilson Vaz de Araujo, que tem ajudado a construir o Plano Safra 2024/2025. Fávaro não quis revelar os valores do Plano 2024/2025, mas garantiu que será recorde. Segundo o ministro, o presidente Lula deu total liberdade para os ministros montarem suas equipes, mas com um zero de tolerância ao erro. Não se trata de ‘caça às bruxas’, e muito menos de julgamento precipitado. Fonte: Broadcast Agro.